O secretário estadual de Saúde, Fábio Vilas-Boas, afirmou nesta terça-feira (18) que a Bahia vive um cenário de piora na pandemia de Covid-19, com UTIs (Unidades de Terapia Intensiva) batendo recorde de internações, além de números crescentes de casos e mortes ocasionados pela doença. Para Vilas-Boas, a preocupação é que a situação possa se agravar com a chegada do período junino —ainda que os festejos de São João e São Pedro estejam oficialmente proibidos.
“De fato, nós estamos enfrentando uma piora ao longo dos últimos dias, tanto no número de casos novos, número de pessoas que precisam de regulação, número de pessoas internadas em todo o estado da Bahia. As UTIs estão batendo recorde de ocupação. Também o número de óbitos reportados vem aumentando. Nós não temos uma queda na Bahia, temos uma piora. Isso vem acontecendo também em diversos estados do Brasil. Estamos muito preocupados com o que vai acontecer ao longo dos próximos dias e semanas, principalmente com a vida dos festejos juninos”, declarou Vilas-Boas em comunicado de áudio divulgado por sua assessoria.
Atualmente, o estado tem 82% dos leitos de UTIs para pacientes adultos ocupados —na capital, o índice é de 81%. O agravamento da pandemia em território baiano ocorre quando o estado se aproxima dos 20 mil mortes em decorrência do coronavírus após 1 ano e dois meses da eclosão da crise sanitária. No boletim epidemiológico mais recente, foram notificados 78 óbitos reportados em um período de 24 horas, bem como 1.917 novas infecções pelo patógeno.
Transporte intermunicipal será suspenso
Na segunda-feira (17), o governador Rui Costa (PT) anunciou que suspenderá, por meio de decreto, o transporte intermunicipal durante o período junino a fim de evitar uma explosão de casos e mortes por Covid-19 em decorrência de possíveis festejos.
“Nós não permitiremos qualquer festa de São João, em nenhuma região, em nenhuma cidade. Não será permitida nenhuma comemoração no São João. Nós temos que ter responsabilidade. Eu chamo a atenção de todas as pessoas: esse é o momento que a gente tem que demonstrar a nossa fé em Deus, o exercício da nossa fé e da nossa religião”, afirmou o governador em uma coletiva de imprensa. [Bahia.ba]