O governador Rui Costa (PT) citou o aumento da ocupação dos leitos de UTI para pacientes com o novo coronavírus na Bahia. Durante o ‘Papo Correria’ na noite desta terça-feira (18), o petista afirmou que a taxa de ocupação está acima de 80% e, caso continue nesse patamar nos próximos dias, “teremos que dar um passo atrás e retornar as medidas restritivas”. Conforme a Secretaria estadual de Saúde (Sesab), a ocupação chegou a 85%.
Rui também voltou a lamentar as cenas de aglomerações registradas no fim de semana, em festas e eventos clandestinos na capital e no interior do estado, em meio à pandemia de Covid-19.
“Fiquei estarrecido com as imagens que eu vi de festas com pessoas em ambientes fechados, quase a totalidade sem máscara. Quem tiver conhecimento de uma festa clandestina, por favor, informe à Polícia Militar ou outras autoridades municipais e estaduais. É uma forma de proteger a vida de todos ao nosso redor. Ainda estamos vivendo uma muito situação delicada com 15 mil casos ativos da doença em toda a Bahia”.
Ele também mandou um recado para bares e restaurantes, e pontuou que, caso as medidas restritivas sejam retomadas, esses estabelecimentos também serão alvos do decreto.
“Ao invés de funcionar durante muito tempo de forma racional e cuidando da vida humana… Se funciona por pouco tempo de forma irresponsável, vai funcionar apenas alguns dias, porque vai explodir de casos e nós seremos obrigados a fechar de novo”, afirmou.
Apesar do aumento, o governador descartou que a Bahia viva uma terceira onda da doença. No entanto, ele alertou para o crescimento desenfreado dos casos na região oeste do estado. Segundo Rui Costa, os municípios da localidade estão em uma situação muito crítica e já se aproximam a uma taxa de ocupação de leitos de quase 100%. Para ele, isso “significa que a segunda onda não acabou ainda”.
“Em fevereiro, nós tínhamos menos de 10 mil casos ativos. Quando chegou em março, pulou para 22 mil casos e nós vivemos aquele momento difícil, o pior momento da pandemia, e depois disso nós conseguimos reduzir, mas não reduzimos muito. Infelizmente, estamos há mais de 30 dias com o patamar de 15 mil contaminados na Bahia, é um número extremamente elevado. Nós precisamos reduzir esse número, no mínimo, ao que nós tínhamos em fevereiro deste ano, ou seja, menos de 10 mil contaminados, para a gente ter algum grau de segurança no retorno às atividades”, avaliou.