Lanchonetes lotadas, ambulantes à solta e food trucks desordenados. Fornecedores de alimentos e demais geradores do lixo nosso de cada dia. Além disso, consumo do resto de alimentos por parte das muitas pessoas em situação de rua, principalmente quando chega a madrugada. As lixeiras desses estabelecimentos até então comportadas se transformam em dejetos espalhados por todos os lados que assim ficarão até a próxima coleta do lixo urbano.
Esse é o cenário na Avenida Soares Lopes, no centro de Ilhéus, que estampa um dos maiores cartões postais da cidade.
Uma triste realidade, reflexo da falta de políticas públicas de distribuição de renda mundo afora.
E Ilhéus está afogada neste tenebroso ciclo de exploração e desumanidade.
Comovente ver essa cena de guerra com tanta gente em busca de matar a fome. O que dói mais é que ela é cotidiana e tem se tornado banal, comum.
A cidade amanhece suja. Seus calçadões impregnados de um forte cheiro de urina. Não há ordem e muito menos desenvolvimento social nestes locais. O progresso passa ao largo e ninguém responde quando isso vai passar.
De onde virá o socorro?
Quem deve olhar para essa situação crítica e resolver a questão?
O lixo nosso de cada dia precisa não só de coleta, mas também de zelo, e os humanos devem ser urgentemente amparados e cuidados.