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A RUA TE CHAMA

punhoSe nós fôssemos o prefeito Jabes Ribeiro começaríamos a ficar preocupados com os protestos que pretendem ser realizados em Ilhéus.
Até porque, como nas principais capitais do país, a insatisfação não é meramente contrária ao aumento das passagens. E por aqui, segundo informações, a pressão é grande por parte das empresas que exploram o serviço, para que o preço seja reajustado ao valor de R$ 3.
Seria bom que o movimento que organiza os protestos tivesse consciência do caos administrativo que impera no Paranaguá e incluísse nas suas pautas reivindicatórias, cobranças ante o descalabro que se tornou a saúde pública local, a educação municipal, a questão das compras e contratações de serviços sem licitação, dentre vários outros absurdos.
E, ao nosso ver, tal mobilização não deveria se limitar a fazer apitaços e fechar as ruas. Isso é importante, mas as vias legais podem surtir bem mais efeito.
Como assim? Cobrando das instâncias jurídicas as devidas providências, exigindo maior transparência ante o uso do dinheiro público. Ou seja, organizando-se da melhor forma possível.
Chega de viver em uma cidade onde os apadrinhados políticos gozam de inúmeras benesses e a população amarga nas filas de hospital e sem atendimento nos postos de saúde. Chega de aceitar calado que o prefeito siga tendo suas viagens bancadas pelos cofres municipais, e as crianças de distritos e povoados sejam relegadas a segundo plano. Chega de aceitar que o legislativo local, através dos vereadores de situação, seja uma casa de meros fantoches, comandados pelo grupo que comanda o Paranaguá, fazendo que eles ajam apenas para os seus benefícios.
Chega de achar que é normal que a população dos bairros periféricos sejam obrigadas a viver com ruas sem calçamento, esgoto correndo livremente e com riscos de desabamento nos altos e encostas, a qualquer chuva mais intensa
Chega de aceitar desculpas esfarrapadas, respaldadas por meios de comunicação vendidos, que reverberavam releases oficiais como se fossem verdades absolutas.
Por esses e outros tantos motivos que os ilheenses devem sim ir para as ruas.
De maneira ordeira, sem depredar nada, respeitando a cidade e os cidadãos.
O que não dá mais, assim como todo o país se tocou, é ficar calado enquanto os que seguem se locupletando, riem de tudo isso.
E você, vai ficar em casa assistindo à novela?