A Marquês de Paranaguá é uma das principais ruas comerciais da cidade de Ilhéus, conhecida pelo calçadão, por suas lojas tradicionais e movimentação constante. No entanto, nos últimos anos, a rua tem sido tomada pelos ambulantes, que se espalham pelas calçadas e disputam espaço com os pedestres.
Há quem defenda a presença dos ambulantes, alegando que eles trazem mais movimento para a rua e oferecem uma variedade de produtos que não se encontra nas lojas tradicionais.
A presença dos ambulantes pode ser vista como uma forma de democratização do comércio, tanto de quem consome os produtos, quanto de quem tira seu sustento, daquela atividade comercial. Além disso, muitos deles dependem dessa atividade para sobreviver e sustentar suas famílias. Quem dirá que uma trabalhadora, em meio ao desemprego, não pode ser impedida de tentar prover seus filhos?
Por outro lado, há quem diga que a presença dos ambulantes também traz alguns problemas. A desorganização é evidente, com produtos expostos irregularmente e placas de divulgação ocupando o espaço das calçadas. Isso prejudica a mobilidade dos pedestres e pode representar um risco para a segurança, especialmente em caso de emergência.
A legislação nesse assunto é clara: exige autorização, delimitação de espaço e cumprimento de normas de saúde e segurança. Muitos ambulantes não possuem cadastro e não pagam impostos, prejudicando a arrecadação do município e favorece a concorrência desleal. Além disso, a falta de fiscalização pode comprometer a qualidade dos produtos e serviços oferecidos, o que pode gerar insatisfação por parte dos consumidores.
O debate em torno da presença dos ambulantes na Marquês de Paranaguá é complexo e envolve diversas questões. Cada leitor pode ter uma opinião diferente sobre o assunto, mas é importante que essa discussão seja feita de forma respeitosa e consciente, visando o cumprimento das normas, priorizando o bem-estar da comunidade e o desenvolvimento sustentável da cidade.