A Anvisa aprovou, por unanimidade, a venda de autotestes de Covid no Brasil.
A relatora, Cristiane Jourdan, afirmou que a liberação imediata do autoteste para pessoas com ou sem sintomas é uma estratégia eficiente para o controle da pandemia a partir da identificação precoce dos contaminados.
“Especialmente no cenário pandêmico atual, ressalto a importância de ampliar o acesso a testes que permitam a detecção do antígeno Sars-Cov-2 como estratégia de triagem, a fim de se iniciar rapidamente o isolamento dos casos positivos e serem tomadas as ações necessárias para a interrupção da cadeia de transmissão”, argumentou.
A Anvisa aprovou a venda dos testes do tipo antígeno em farmácias e outros locais autorizados a comercializar produtos médicos. A liberação vale também para compras pela internet, nas lojas virtuais desses estabelecimentos.
Mas a venda não vai ser imediata. Os fabricantes terão primeiro que conseguir a aprovação do registro dos autotestes na Anvisa. O SUS também poderá comprar e distribuir os autotestes, assim como empresas que queiram doar o produto a seus funcionários.
O diretor da Anvisa, Rômison Mota, disse que os órgãos de defesa do consumidor precisam acompanhar a venda dos autotestes para não permitir abuso nos preços: “Uma vez que, a depender dos preços praticados, tais produtos não serão acessíveis a parcela considerável da população, o que prejudicará o atingimento do propósito da política pública do Ministério da Saúde”.
O Ministério da Saúde se comprometeu com a Anvisa a realizar campanhas para explicar a forma correta de fazer o autoteste, que só será vendido para maiores de 14 anos. Em caso de resultado positivo, o ministério aconselha a pessoa a procurar um posto de saúde ou ligar para o Disque-Saúde. O certo é fazer um novo exame para confirmar o resultado, se isolar e iniciar o tratamento adequado.
Os autotestes não vão servir como comprovantes para quem for fazer viagem internacional ou entrar em locais que cobrem exames negativos de Covid, nem para atestado no trabalho. Para isso, continua necessário fazer um teste em laboratórios e hospitais.
Mas especialistas afirmam que o autoteste é confiável, desde que a coleta seja feita no tempo certo e seguindo as instruções do fabricante e das autoridades de saúde. Informações Jornal Nacional.