A exigência por parte de um coronel para que alunos soldados da Polícia Militar da Bahia tenham plano de saúde para completar o curso, vazou através de um áudio de um evento on-line. A situação suscitou uma denúncia por parte da Associação dos Policiais Militares e Bombeiros Militares e seus Familiares do Estado da Bahia (Aspra) ao Ministério Público Estadual. O oficial argumenta que tal procedimento é necessário devido ao alto risco da atividade policial.
A representação da categoria afirma que o coronel estaria cometendo tentativa de assédio e, inclusive, utiliza “como exemplo o fato de ter dois planos. Conforme a Aspra, nas gravações, avisa também que encaminhará os nomes dos que não se associarem a um plano de saúde ao MPBA, sugerindo a expulsão deles.
“Ocorre que a remuneração de um coronel não se compara ao de um aluno soldado que é basicamente um salário mínimo. Essa é a formação que o Estado oferece ao soldado policial baiano”, afirmou o coordenador jurídico da Aspra, Jeoas Santos. O coordenador ainda explica que durante a aula inaugural o oficial é informado que os alunos estão há cinco meses sem remuneração. “Mas ainda assim não desiste do abuso de autoridade. Nenhum trabalhador no Brasil é obrigado a ter plano para trabalhar. Isso é assédio moral”, reclamou Jeoás.
A PM ainda não se manifestou sobre o caso.