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ASSEMBLEIA GERAL UNIVERSITÁRIA DA UESC É ALVO DE ATAQUES VIRTUAIS

Divulgação

Na manhã desta quarta-feira (29), a Assembleia Geral Universitária da UESC (Universidade Estadual de Santa Cruz) foi duramente atacada por criminosos. A reunião virtual tinha como objetivo discutir a possibilidade do retorno das aulas em ensino remoto, mas os sucessivos ataques acabaram inviabilizando a discussão.

Diante do ocorrido, o Ministério Público e as autoridades policiais serão chamados a atuar sobre esse caso – que é, flagrantemente, uma situação de ataque cibernético em atentado à liberdade constitucional de reunião.

Em nota conjunta ADUSC, AFUSC e DCE repudiaram os atos criminosos e alertaram que as medidas legais já estão sendo tomadas.

As ações criminosas demonstraram o quão frágil se configuram os ambientes virtuais, expondo servidores, professores e estudantes. Como submetê-los às atividades remotas, sob riscos semelhantes ou iguais a estes vivido ontem? Numa arena sem lei (internet) e com fraca regulamentação e atuação por parte dos órgãos estatais, fica extremamente vulnerável o mundo do trabalho nas redes. Isso sem contar que o que se faz, se consome e se busca fica como algoritmo rentável nas mãos das gigantes da Internet, especialmente sediadas nos Estados Unidos.

Essa situação já é uma realidade dos servidores técnicos da UESC, que estão em atividade remota desde o dia 16 de março, sem nenhuma regulamentação nem amparo legal. O trabalho administrativo nas redes necessita de controle e gerenciamento, que elimine ao máximo a sua vulnerabilidade.

A verdade é que a cada dia que se passa trabalhadoras e trabalhadores ficam com a intimidade devassada e a dignidade amealhada por parte de criminosos extremistas e demais interessados na apropriação indevida de dados pessoais, bancários, fiscais e sociais/profissionais.

Já não bastasse a alienação da força de trabalho, agora os que quiserem sobreviver na nova organização internacional do trabalho remoto devem custear os próprios insumos em prol, unicamente, dos grandes detentores dos meios de produção. Ao menos subsídio como alternativa para essas despesas deve ser ponderado.

De fato, é uma sofisticação nefasta na clássica luta de classes que, com a pandemia, só aprofundou o nível da guerra entre quem comanda, quem lucra e quem sobrevive.