Nenhuma novidade. Praticamente fora de qualquer briga neste Brasileiro, o Bahia voltou a decepcionar nesta quarta-feira, 27. Empatou em casa, por 1 a 1, com o Atlético-MG, e chegou a nove jogos seguidos sem vencer. Está a apenas uma partida de igualar seu maior jejum neste formato da competição – em 2014, ano em que foi rebaixado, ficou 10 partidas sem ganhar.
Já desanimada, a torcida deixa a Fonte Nova cada vez mais vazia. O público – 12.759 pagantes – foi o pior da equipe na Série A. E é nesse clima arrastado e melancólico que o Tricolor vai se despedindo de um campeonato em que chegou a sonhar com vaga na Libertadores. Ainda faltam longos três jogos, a começar pelo duelo com o CSA, em Maceió, no domingo.
O técnico Roger Machado apostou num quarteto de ataque pela quarta vez na temporada. Além do trio usualmente titular, formado por Artur, Élber e Gilberto, o treinador escalou pela segunda vez seguida Lucca como armador central. E, como na partida anterior, deu errado.
O ex-jogador do Corinthians foi muito mal, mas não impediu o Esquadrão de criar boas situações de gol. Aos quatro minutos, Moisés cruzou e Gilberto cabeceou na trave. O Bahia se animou e voltou a ameaçar no minuto seguinte, quando Nino levantou na área e Élber testou para fora.
Aos 11, o Galo respondeu com uma forte cobrança de falta lateral de Otero, que Di Santo não conseguiu empurrar para o gol. Mas logo o Tricolor voltou a aparecer bem na frente. Flávio investiu no chuveirinho, o goleiro Cleiton falhou e soltou a bola no pé de Juninho, que errou o alvo.
Depois desse início animado, porém, o Bahia deixou o jogo esfriar, e só acordou na parte final da primeira etapa. Aos 36, Artur puxou contra-ataque em alta velocidade, como nos velhos tempos, e passou para Gilberto exigir boa defesa de Cleiton. Três minutos depois, Lucca cobrou escanteio e Juninho tocou de cabeça por cima da meta.
O efeito foi imediato, e o Bahia iniciou o segundo tempo em cima do Atlético. No entanto, tinha muita dificuldade em tomar as decisões corretas no momento crucial das jogadas. Por exemplo, aos sete minutos Artur entrou driblando bonito na área, mas, na hora da finalização, carimbou a zaga. E o pior é que logo no minuto seguinte saiu o gol do Galo.
Juninho falhou de maneira bizarra ao tentar dominar a bola e entregou no pé de Cazares, que avançou sem ninguém à frente, deu um drible desmoralizante no mesmo Juninho, que retornava desesperadamente, e tocou no cantinho para abrir o placar.
A resposta do Bahia, porém, foi dada rapidamente, aos 18 minutos. Em amostra da força de vontade dos atletas, o time chegou à área com seus dois homens mais recuados de meio-campo. Flávio cruzou, Gregore desviou de cabeça e o atacante Élber bateu de primeira para igualar a parada.