O estado da Bahia não deve aderir a uma possível greve dos caminhoneiros convocada por organizações para 1º de fevereiro. O coordenador administrativo do Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas do Estado da Bahia (Sindicam), José Bione, afirmou para o site Bahia.ba que, por hora, não há nenhuma decisão tomada neste sentido.
De acordo com ele, nenhuma adesão a uma possível greve foi confirmada até o momento, contudo, a participação não é descartada. Segundo Bione, até a próxima semana pode ser que exista alguma decisão sobre o caso, no entanto, ainda não foi ventilada nenhuma informação sobre o apoio.
Nesta terça, a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transporte e Logística (CNTTL) divulgou apoio à greve nacional por tempo indeterminado. A entidade, que diz contar com 800 mil motoristas na base, orienta os integrantes a aderirem à paralisação. Apesar disso, a Confederação informou que não irá promover nenhum ato específico no dia agendado para o início da greve.
A paralisação é estudada por causa da política de preços do combustível determinada pela Petrobras e ainda pelo reajuste da Tabela do Piso Mínimo de Frete, realizada pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). Segundo o porta-voz da CNTTL e presidente do Sindicato dos Transportadores Autônomos de Carga (Sinditac) de Ijuí-RS, Carlos Alberto Litti Dahmer, o piso mínimo para os caminhoneiros é “da fome”.
“Tivemos um reajuste de 2,51% que é ínfimo. Só para se ter ideia o preço do pneu teve aumento nos últimos três meses de mais de 60%, seja nacional ou importado”, afirmou em comunicado.
O Ministério da Infraestrutura se pronunciou sobre o caso e informou, também em comunicado, que não irá receber para negociação nenhuma entidade que levante a pauta de indicativo de greve. Conforme a pasta, “há uma agenda permanente de diálogo com as principais entidades representativas da categoria por meio do Fórum do Transporte Rodoviário de Cargas (TRC), além de reuniões constantes com lideranças da categorias”.
O Fórum, de acordo com o Ministério, “tem sido o principal canal interativo entre governo e o setor e qualquer associação representativa que deseje contribuir para formular política pública pode requerer a sua participação para discutir eventuais temas de interesse da categoria”.