A Bahia registrou 839 casos confirmados de febre Oropouche até o momento, com Ilhéus liderando a lista de infecções, contabilizando 112 diagnósticos positivos. Outras cidades com números expressivos incluem Gandu, com 82 casos, e Uruçuca, com 68. Esse aumento significativo de casos preocupa as autoridades de saúde do estado.
A febre Oropouche é transmitida pelo inseto Culicoides paraensis, conhecido como maruim ou mosquito-pólvora, que se desenvolve em ambientes úmidos e com materiais em decomposição. Em março de 2024, foi notificado o primeiro caso na Bahia, e desde então, a doença se espalhou rapidamente, especialmente nas regiões sul e baixo sul do estado.
As autoridades de saúde da Bahia estão em alerta após a confirmação de duas mortes pela febre Oropouche, fato inédito mundialmente. As vítimas, ambas mulheres com menos de 30 anos, residiam em Valença. Os sintomas da febre Oropouche são semelhantes aos da dengue, incluindo dor de cabeça, dor nos olhos e febre.
O virologista Gubio Soares da UFBA destaca a necessidade de investigar melhor a resposta imunológica ao vírus. A coordenação de Doenças de Transmissão Vetorial, liderada por Sandra Oliveira, trabalha em conjunto com o Ministério da Saúde para aprimorar a vigilância e fornecer orientações aos municípios afetados.
Para prevenir a disseminação da febre Oropouche, é crucial eliminar focos do mosquito, mantendo os ambientes limpos e sem acúmulo de água ou materiais em decomposição. As autoridades de saúde reforçam a importância da vigilância ativa e das medidas preventivas para controlar a propagação da doença. Informações; Rede Globo
