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BEBETO DEFENDE CONVOCAÇÃO DO DONO DA FRIBOI PARA CPI DO BNDES

BebetoO deputado federal Bebeto Galvão (PSB) defendeu na segunda-feira (1º) a convocação do presidente da empresa JBS/Friboi, Wesley Mendonça Batista, para prestar esclarecimentos na CPI que investiga supostas irregularidades nos contratos do BNDES. Membro da CPI, Bebeto sugeriu a convocação do empresário após surgirem uma série de especulações sobre os financiamentos liberados pelo banco à empresa do setor frigorífico.

“Se uma empresa A ou B recebeu financiamento do BNDES e fez relação do uso desse uso vinculado ao patrocínio de campanhas eleitorais, é preciso ouvir diretamente a empresa citada. Se é para identificar se o banco patrocinou ou não um contrato vinculado à ideia de bancar campanhas, então devemos inquirir o presidente da JBS e formular perguntas diretas a ele para saber as razoes das questões levantadas”, disse o deputado Bebeto durante a sessão, que contou com as presenças do vice-presidente do BNDES, Wagner Bittencourt, e da diretora de Comércio Exterior do banco, Luciene Ferreira Machado.

Trabalhadores no Conselho Administrativo – Durante a sessão desta segunda-feira (1º) da CPI do BNDES, o deputado Bebeto fez um discurso duro para questionar os critérios para a composição do Conselho Administrativo do banco, que não abre espaço para a participação da classe trabalhadora. Bebeto defende que as entidades representativas dos trabalhadores tenham direito a pelo menos um assento no Conselho, principalmente porque boa parte dos recursos do BNDES é originária do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço. “Ora se existe recurso no banco que são oriundos dos trabalhadores, merecemos um assento no conselho, independente de qual central sindical ou matiz sindical ocupe a função. Nós queremos dirigir, saber e estabelecer linhas de corte para identificar como os financiamentos estão sendo direcionados e patrocinados”, argumenta Bebeto.

O deputado argumenta que em vários países, num estado civilizatório, os trabalhadores através do movimento sindical têm espaço nas decisões dos bancos mundiais. “E na condição de dirigente sindical entendo que é necessária a participação na direção do banco. É legítimo”, pontua o deputado.