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BETH CARVALHO, A MADRINHA DO SAMBA, MORRE NO RIO DE JANEIRO AOS 72 ANOS

Cantora estava internada com problemas graves na coluna, a causa da morte ainda não foi divulgada.

A cantora e compositora Beth Carvalho, conhecida como a Madrinha do Samba e um dos maiores nomes da história do gênero, morreu no Rio, nesta terça-feira (30), aos 72 anos. Ela estava internada no Hospital Pró-Cardíaco, em Botafogo, Zona Sul da cidade, desde o início de 2019. A causa da morte ainda não foi divulgada.

Com mais de 50 anos de carreira, dezenas de discos gravados e sucessos como “Andança” e “Coisinha do pai”, Beth Carvalho era considerada madrinha de artistas como Zeca Pagodinho, Arlindo Cruz e Jorge Aragão – daí o apelido.

Em nota, o empresário da artista, Afonso Carvalho, informou que ela morreu às 17h33 desta terça, “cercada de amor por seus familiares e amigos”.

Um problema na coluna já afligia a cantora havia bastante tempo. Em 2009, Beth Carvalho chegou a cancelar sua apresentação no show de réveillon, na Praia de Copacabana, por causa de fortes dores. Em 2012, Beth Carvalho se submeteu a uma cirurgia na coluna.

No ano seguinte, foi homenageada pela escola de samba Acadêmicos do Tatuapé, no carnaval de São Paulo, mas não participou do desfile já por motivos de saúde. Lu Carvalho, sobrinha de Beth, foi quem representou a artista na ocasião.

Vida e Obra

Em 2018, com a mobilidade cada vez mais reduzida pelos efeitos do problema na coluna, Beth fez um show histórico. Ao lado do grupo fundo de Quintal, mostrou sua força ao cantar deitada seus sucessos no show Beth Carvalho encontra Fundo de Quintal – 40 anos de pé no chão.

Elizabeth Santos Leal de Carvalho nasceu no Rio, em 5 de maio de 1946. O site oficial da artista informa que o contato com a música foi incentivado pela família, ainda na infância.

A partir de 1973, passou a lançar um disco por ano e emplacou vários sucessos como “1.800 Colinas”, “Saco de Feijão”, “Olho por Olho”, “Coisinha do Pai”, “Firme e Forte” e “Vou Festejar”. Também gravou composições de Cartola, como “As rosas não falam”, e “Folhas Secas”, de Nelson Cavaquinho.

A cantora era apaixonada pela Mangueira, sua escola de samba do coração, e pelo bloco Cacique de Ramos, onde conheceu muitos de seus apadrinhados.

Beth Carvalho foi homenageada na edição 2009 do Grammy Latino, em Las Vegas. Na ocasião, a cantora foi a primeira sambista a receber um dos reconhecimentos mais importantes do Grammy, o prêmio Lifetime Achievement Awards.