O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a afirmar na manhã de segunda-feira (19) que a imunização contra o novo coronavírus não será obrigatória no Brasil. Em conversas com apoiadores, Bolsonaro disse que a decisão é do governo federal, e que o seu “ministro [da Saúde] já disse claramente que não será obrigatória essa vacina, e ponto final”.
Esta é a segunda manifestação de Bolsonaro nos últimos dias após o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmar na sexta-feira, 16, que usaria medidas legais para tonar a vacinação contra a Covid-19 obrigatória no estado. “Tem um governador também aí que tá se intitulando o médico do Brasil, dizendo que ela será obrigatória. Repito: não será”, afirmou o presidente, sem citar o nome de Doria. Bolsonaro já havia rebatido a fala do governador no sábado dia 17, ao afirmar no Twitter que o Ministério da Saúde não irá forçar a imunização.
No vídeo divulgado na manhã de segunda-feira, Bolsonaro também repetiu que a campanha de imunização será oferecida de forma gratuita pelo governo federal apenas depois da comprovação da eficácia da vacina.
“Da nossa parte a vacinação, quando estiver em condições, depois de aprovada pelo Ministério da Saúde, e com comprovação científica, e assim mesmo ela tem que ser validade pela a Anvisa. Daí nos ofereceremos ao Brasil de forma gratuita, obviamente, mas repito: não será obrigatória.”
Ao comentar o questionamento de um dos apoiadores, que chamou a vacina de “desgraça”, Bolsonaro afirmou que o país que está oferecendo a imunização deve comprovar a sua eficácia. “Tem que ter comprovação científica. O país que está oferecendo essa vacina tem que primeiro vacinar em massa os seus, [para] depois oferecer para outros países”, disse.