Um levantamento publicado hoje pela entidade PEC (Press Emblem Campaing), com sede na Suíça, aponta que apenas o Iraque registrou um maior número de mortes de jornalistas que o Brasil em 2014.
Os dados revelam que cinco jornalistas foram assassinados no Iraque nos três primeiros meses do ano. Já no Brasil, o número chegou a quatro, o mesmo que foi registrado no Paquistão.
O número de mortes no Brasil seria ainda superior ao que foi registrado na Síria, país em plena guerra civil e com dois mortos, ou no Afeganistão com 3 mortes.
O governo brasileiro havia prometido uma série de medidas para garantir a proteção de jornalistas e a ONU vem apelando para que o Brasil puna os responsáveis pelos assassinatos.
A entidade revela que, em apenas três meses, 27 jornalistas foram assassinados enquanto trabalhavam pelo mundo. O número é praticamente o mesmo do que havia sido registrado no mesmo período de 2013, com 30 mortes.
Um dos destaques é justamente o fato de que o número de vítimas em protestos também aumentou. Neste ano, quatro profissionais perderam suas vidas cobrindo manifestações no mundo, na Ucrânia, Egito, Paquistão e no Brasil.