A Associação dos Cabaneiros da Praia dos Milionários, litoral sul de Ilhéus, estima um incremento de 100 por cento nas vendas durante os festejos de final de ano e a contratação média do dobro de funcionários com relação ao ano passado, a maioria cozinheiros e garçons. Os números foram apresentados hoje (4) pelo empresário Jorge Fonseca, dono da Cabana Vó Eró e presidente da associação.
Para além da opção de um maior número de turistas por cenários de praia no verão deste ano, Fonseca atribui a desenvoltura do setor, ao diálogo que foi estabelecido com o prefeito Mário Alexandre e o secretário municipal de Turismo e Esporte (Setur), Roberto Lobão, nos momentos de maior dificuldade do setor.
“O prefeito liderou a luta pela sobrevivência dos nossos empreendimentos junto à União, tem sido parceiro ao manter limpas as praias da região e participou de inúmeras reuniões conosco. Disse o que podia e o que não podia fazer. Foi sincero. Nunca tivemos isso antes. Foram situações que nos impactaram e nos fizeram apostar na parceria”, disse o presidente da associação, que representa 30 cabaneiros que atuam em 3,5 quilômetros de praia na zona sul do município.
Intervenções – A Praia dos Milionários é uma das mais frequentadas na alta estação. No início de dezembro, a Prefeitura colocou em prática o projeto “Praia Legal” naquela região. Através de uma ação integrada das Secretarias Municipais de Governo (Segov) e Turismo e Esporte (Setur), foram realizadas ações entre o Hotel Opaba e Olivença, oportunizando a todos os cabaneiros e comerciantes da região uma mesma orientação, criando mecanismos para que o espaço se torne um ambiente mais saudável, propício para os comerciantes e melhor ainda para os ilheenses e visitantes.
As ações envolveram fiscais de postura, técnicos da vigilância sanitária e do meio ambiente, guardas civis, agentes de trânsito e serviço público de limpeza e iluminação. Um pré-levantamento realizado pela Setur apontou que a maior parte das cabanas funcionava de forma irregular. Muitas, de acordo com a pesquisa, estavam sendo utilizadas como moradias e atividades que não estão relacionadas aos serviços de alimentos e bebidas, caracterizando um desvio de finalidade que não é permitido pela legislação. A organização da área também foi uma outra conquista dos barraqueiros regulares.
Dinheiro fica – O presidente Jorge Fonseca afirma que todas as intervenções tiveram um efeito positivo e contribuíram para o sucesso que está sendo o verão. Mesmo com o fim do réveillon, a associação estima que manterá um fluxo de 50 por cento superior ao comparado com o ano passado. Se por um lado quem frequenta as praias neste período do ano gasta em média 150 reais, por outro Jorge Fonseca comemora um outro – e importante feito. “O dinheiro do turismo não volta para a cidade de origem. Ele fica aqui, movimenta a economia da cidade, assegura oportunidade para os nossos trabalhadores”, destaca.