A Câmara dos Deputados aprovou nesta quinta-feira (19) um projeto que limita a valorização do salário mínimo e torna obrigatória a biometria para beneficiários de programas sociais. Agora, os deputados analisam destaques que podem modificar o texto antes que ele siga para o Senado.
Entre as alterações propostas, está a mudança nos critérios de reajuste do salário mínimo. Segundo reportagem do G1, pela nova regra, o aumento continua vinculado ao crescimento do PIB, mas será limitado ao teto de crescimento das despesas no arcabouço fiscal, de 2,5% ao ano.
O governo estima economizar R$ 109,8 bilhões entre 2025 e 2030, mas o impacto pode ser severo para aposentados, pensionistas e trabalhadores de baixa renda que dependem do mínimo.
Outra medida polêmica é a obrigatoriedade do cadastro biométrico para a manutenção de benefícios sociais, incluindo aposentadorias e o Bolsa Família. Apesar de prever exceções para áreas remotas e pessoas em situações de vulnerabilidade, a medida pode dificultar o acesso para famílias que já enfrentam enormes desafios.
Além disso, alterações no Benefício de Prestação Continuada (BPC) geraram críticas. Apesar de mudanças feitas pelo relator, ainda existem restrições que podem excluir autistas de nível leve e pessoas com questões de saúde mental. A exclusão de certos critérios também restringe o acesso ao benefício, impactando diretamente os mais vulneráveis.
A medida parece ser mais uma tentativa de fazer com que os trabalhadores e os mais pobres paguem a conta de uma crise que não criaram. Diante disso, perguntamos: você, trabalhador de Ilhéus, trabalhador brasileiro, sente que estas mudanças refletem suas necessidades e sua realidade? Essas políticas reforçam sua segurança financeira ou o colocam em uma situação de maior vulnerabilidade?
Queremos saber sua opinião. Afinal, são as suas mãos que constroem o país e movimentam a economia.