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CÂMARA DE ILHÉUS DESVIA MAIS DE UM MILHÃO DE REAIS?

JB utiliza do poder discricionário para atingir fins diversos dos que a lei determina. Foto ilustrativa.

Já que não foi pago o ticket alimentação em mais de um milhão, houve “desvio de finalidade” com estes valores? O vale alimentação estaria orçado nos valores de R$ 148 mil por mês. Entre Janeiro e Julho de 2021, o valor acumulado, que não foi destinado para o pagamento dos tickets, está em “caixa”?

Conforme já noticiamos em outros momentos, os servidores da câmara de vereadores seguem na longa espera pela liberação dos tão falados tickets. A enrolação de parte de alguns vereadores, em acompanhar essa decisão de protelar junto ao presidente da casa, preocupa os servidores, que ficam sem nenhum norte neste processo.

As promessas de que o ticket seria liberado partiu em dezembro de 2020, após JB ser vitorioso como presidente da casa. Em seguida, a nova presidência, ao tomar posse, optou por não dar prosseguimento ao serviço que existia há mais de dez anos e, por tratar-se de despesa de caráter continuado, além de ter dotação orçamentária, tem recurso financeiro. Porém, preferiu rescindir com a empresa anterior, mesmo sem ter contratado uma nova empresa, através de processo licitatório. A medida resultou na interrupção abrupta do pagamento do benefício e deixou os servidores a ver navios.

Em meados de Junho, JB fez pronunciamento em plenário, garantindo que o vale sairia ainda no mês de Julho, que já se encontra próximo do fim. Na ocasião, JB afirmou ainda que a interrupção tinha como objetivo “gerar caixa”, objetivando pagar os benefícios a partir do mês de Julho. Mas por onde anda este caixa?

Uma licitação para a contratação de uma empresa que gerenciaria o vale alimentação na forma de cartão eletrônico, magnético ou tecnologia similar, com chip e mecanismos de segurança, está rolando na Câmara desde o dia 14 de Junho de 2021, com vários vícios e pedidos de esclarecimentos respondidos, mas até a presente data não existe nenhuma definição.

Para os leitores, ficam ainda outras perguntas:

Qual interesse por trás deste atraso se há verba destinada para o serviço, uma vez que é uma despesa de caráter continuado com dotação orçamentária?

O que foi feito com o dinheiro que não foi pago pelo ticket até o presente mês?

Por qual motivo existe tanta resistência quanto à contratação do serviço mediante créditos em cartão pessoal e intransferível?

Quais vereadores estão concordando com essa estratégia em deixar de pagar o ticket alimentação?

Pra onde vai esse mais de um milhão que a Câmara deixou de pagar com o Ticket Alimentação?

Se o contrato foi renovado ainda em Dezembro/2020, por que não continuar com o mesmo contrato enquanto definisse outra licitação?

Por que foi renovado o contrato da imprensa e não fez o mesmo procedimento com o contrato do Ticket?

No final das contas restam apenas perguntas em aberto nesta que já virou uma novela nos bastidores políticos.