O novo reajuste do preço da gasolina e do diesel, anunciado nesta segunda-feira (1º) pela Petrobras, está mobilizando grupos importantes de caminhoneiros autônomos, que já ameaçam uma nova greve.
Em conversa com a coluna Radar Econômico, da Revista Veja, Walace Landim, o Chorão, líder da Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Autônomos (Abrava), afirmou que vai contatar os coordenadores estaduais para definir se entram já em greve ou se ainda devem esperar.
“Não vou repetir as palavras do presidente, mas ‘acabou,pô’ Não dá mais. Agora chegou a hora de todos os trabalhadores, os autônomos, dos caminhoneiros se unirem novamente. Vamos mostrar a nossa força de novo”, disse Chorão ao site UOL.
Chorão foi uma das figuras de destaque durante a greve de 2018 no governo Michel Temer e, até agora, apesar de fazer cobranças ao presidente Bolsonaro, não estava apoiando uma nova paralisação.
Questionado se pretende organizar uma nova grande greve, Chorão afirmou que ainda vai realizar conversas com outras lideranças, mas que a tendência é que haja algum tipo de protesto.
Junior Almeida, da Sindicam de Ourinhos, enviou áudio convocando greve imediata e pedindo para que caminhoneiros não carreguem mais cargas novas.
Já Aldacir Cadore, do Comando Nacional do Transporte, que disse que prefere esperar para entender qual a real mobilização, antes de se pronunciar. Caso contrário, entrar em greve sem adesão poderia ser “um tiro no pé”.
Na última quinta-feira, o ainda presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, defendeu a atual política de preços da empresa. “O preço não é caro nem barato, o preço é preço de mercado”, frisou o executivo.
No governo, apesar da indicação do general Joaquim Silva e Luna para assumir o comando da estatal, auxiliares do presidente, principalmente os da ala econômica, ainda defendem a manutenção da atual política de preços. [A Tarde]