Um dia após a reeleição de Rui Costa (PT) para governador da Bahia, com 75,5% dos votos válidos, políticos que concorreram no pleito contra o petista começaram a se movimentar nesta segunda-feira (8) para a disputa do segundo turno das eleições presidenciais, entre Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT).
Dois deles, José Ronaldo (DEM) e João Henrique (PRTB), reafirmaram o apoio pessoal que já tinham dado a Bolsonaro no primeiro turno das eleições. Marcos Mendes (PSOL) disse que vai votar em Haddad e os outros candidatos – Célia Sacramento (Rede), João Santana (MDB) e Orlando Andrade (PCO) – não se manifestaram.
Na Bahia, o trabalho maior neste segundo turno das eleições será por parte dos apoiadores de Bolsonaro, tendo em vista que o capitão reformado do Exército conseguiu ganhar de Haddad em apenas seis das 417 cidades baianas: Luís Eduardo Magalhães, Itapetinga, Eunápolis, Itabuna, Teixeira de Freitas e Buerarema.
O resultado das eleições também mostrou uma contradição do desejo dos eleitores nessas cidades: dessas seis, em apenas duas – Buerarema e Itapetinga o candidato da oposição José Ronaldo conseguiu ganhar. A outra que ele venceu foi em Feira, onde Haddad saiu na frente.
Na opinião do antropólogo e sociólogo do Departamento de Ciências Humanas da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb), José Luís Caetano da Silva, em cidades onde predomina a atividade agrícola, como Luís Eduardo Magalhães e Itapetinga, a tendência é maior para apoio a Bolsonaro por conta disso.
“Nas outras cidades, creio que há um apelo pela mudança no sentido de querer que os problemas sejam resolvidos. Às vezes se coloca a violência como sendo algo a serve resolvido, mas ela serve mais como cortina de fumaça para justificar o voto do ódio, do rancor, da incompreensão”, acredita.
FONTE: Correio da Bahia