Diariamente, só em um hospital da capital, cerca de 20 crianças são atendidas com sintomas da doença conhecida como pé-mão-boca. A cidade de Nazaré, no Recôncavo baiano, já registra um surto, com pelo menos 16 infectados.
Na maioria dos casos, quem pega a doença percebe o surgimento de pequenas vesículas (espécie de bolhas) com líquido pelo corpo, que estouram com o passar do tempo e deixam manchas. Os pacientes também costumam ter febre.
O que tem chamado a atenção da população é a quantidade de casos no estado. Em Salvador, segundo informou a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), um monitoramento é feito desde o início desta semana, quando os casos da doença se tornaram conhecidos. No entanto, não há o número exato de infectados, por se tratar de uma doença que não tem notificação compulsória.
Segundo informações da Sesab, a doença é causada pelo vírus Coxsackie. Geralmente, como outras infecções por vírus, ela regride espontaneamente após alguns dias. Não se trata de uma doença grave e quase todos os afetados se recuperam em um período de 7 a 10 dias, segundo o órgão.
Influência da chuva Segundo a coordenadora médica do Serviço de Pediatria do Santa Izabel, Rita Mira, o período chuvoso pode aumentar o número de casos da doença.
A médica chama atenção para a conduta que deve ser tomada pelos pais caso os pequenos comecem a apresentar os primeiros sintomas. “Se a criança começar a apresentar febre ou as manchas pelo corpo, os pais devem evitar levar à escola, aos parques e outros locais públicos”, alerta.
A doença, segundo aponta a especialista, é “altamente contagiosa” e afeta principalmente crianças de seis meses a três anos, sendo muito rara em adultos.
Não há vacina contra o vírus do pé-mão-boca. A transmissão ocorre por via oral/fecal, através do contato direto com secreções (por tosse ou espirro) e com objetos como chupetas, brinquedos ou fezes de crianças infectadas.