Trabalhos desenvolvidos através do conhecimento da história e da arte. Desenhos, pinturas, práticas esportivas e dança tendo como temática a Copa do Mundo, vista e entendida desde o interesse pela diversidade cultural, pelos sentimentos e até pelos valores que envolvem um evento esportivo de grande porte. Este é o objetivo do Projeto “Vitória na Copa Verde e Amarela”, desenvolvido pelos alunos da 3ª série do ensino fundamental do Colégio Vitória, em Ilhéus. Durante este primeiro semestre, eles participam de oficinas e estudos em sala de aula, explorando temas acerca da diversidade cultural, das mudanças do meio ambiente e dos sentimentos envolvidos pela Copa do Mundo no País.
“O trabalho, no modelo interdisciplinar, constrói conhecimentos de forma significativa e lúdica, utilizando variadas linguagens”, explica Kalinka Félix, coordenadora pedagógica do colégio.
As paredes da escola já ganharam a temática da Copa através da iniciativa dos próprios alunos. Na quadra poliesportiva, regras do futebol são debatidas e praticadas por meninos e meninas. Danças que revelam a alegria da Copa e a magia do futebol estão sendo apresentadas a cada oficina realizada aos sábados. Uma releitura do quadro “Futebol”, de Cândido Portinari, revela a contemporaneidade construída pelos próprios alunos a partir de uma obra produzida em 1935 por um artista apaixonado pela bola.
Interdisciplinaridade – Nas salas de aula, os alunos desenvolvem a leitura e interpretação de texto da obra “Jogo de Bola”, de Cecília Meireles, aprendem o Hino Nacional; fazem leitura de textos informativos sobre a copa; cruzadinhas; caça-palavras; curiosidades e trava-línguas. Em Filosofia, abordam a união dos povos através do esporte e dão ênfase à necessidade de um trabalho coletivo bem planejado, com o cumprimento de regras e a aceitação de que nem sempre se vence e é preciso muito respeito entre as pessoas. No estudo da matemática, as dimensões de uma campo de futebol, por exemplo, podem tornar-se um belo problema a ser resolvido.
Os pais elogiam a iniciativa. “É preciso mais que aprender o que dizem e apresentam os livros. Em tempos como o de hoje é preciso estar conectado com o mundo com a rapidez e a diversidade de conhecimento que ele exige”, explica Gracyanne Oliveira, mãe de Maria, aluna envolvida no projeto.
“Por detras de um trabalho como este construimos conceitos como a valorização e o respeito às culturas, compreensão e respeito ao trabalho coletivo para o sucesso do grupo, discusão e cumprimento de regras e respeito ao próximo, além de pesquisa sobre as mudanças no meio ambiente causadas em detrimento da Copa com produção em larga escala de enfeites, pinturas, alterações e construções arquitetônicas”, reforça Kalinka Félix