Em assembleia realizada nesta quinta-feira (04), os professores da UESC foram na contramão das demais Universidades Estaduais Baianas e votaram pela manutenção do Estado de Greve docente e contra a deflagração imediata da greve. Enquanto isso, na mesma tarde, os professores da UESB, UNEB e UEFS aprovaram por maioria dos votos a greve por tempo indeterminado que se inicia em um prazo de até 72 horas, como instituído por lei.
Os docentes, que há 3 anos reivindicam melhores condições de trabalho, salário digno e respeito aos direitos trabalhistas, consideraram a abertura da negociação um avanço importante.
A categoria aguarda respostas efetivas à pauta de reivindicação nessa primeira rodada de negociação, agendada para o dia 8 de abril. O resultado da negociação será avaliado em assembleia no dia 10 de abril, quando a deflagração da greve volta a ser apreciada.
Após 3 anos sem resposta do governo à pauta de reivindicação, aprovada pelas assembleias docentes das quatro Universidades Estaduais da Bahia (UEBA), a categoria deflagrou o Estado de Greve. A decisão da categoria abriu um novo cenário, influenciando na mobilização de outros setores da comunidade acadêmica, e na disposição de diálogo por parte de gestores, parlamentares e governo.
Ao longo da semana, além do diálogo com o Fórum de Reitores, que adiou por meses a reunião solicitada pelas representações docentes, o próprio governo oficializou a instalação das negociações. Representado pela Secretaria de Educação (SEC) e a Secretaria de Relações Institucionais (SERIN), o governo admitiu não ter avaliado a pauta da categoria, mas se comprometeu em apresentar um posicionamento na próxima segunda-feira (8).
Os docentes entendem que isso só foi possível porque a categoria não hesitou em colocar a greve em votação nas assembleias. Entretanto, decidiram aguardar uma resposta efetiva do governo à pauta de reivindicação, mantendo a greve na pauta da próxima assembleia, que ocorrerá no dia 10 de abril.