O Observatório da Epidemia do Novo Coronavírus no Sul da Bahia, iniciativa do Comitê Emergencial de Crise da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB), divulgou nesta segunda-feira (20) edição especial do boletim informativo. Em geral, o boletim informa a análise da evolução da pandemia na região.
A edição especial tem a diferença de apresentar uma simulação para as cinco maiores cidades do sul da Bahia, supondo diferentes níveis de supressão de fluxo de pessoas. O estudo foi elaborado pelo matemático Fabrício Berton Zanchi e pelo engenheiro químico Orlando Ernesto Jorquera Cortes, professores da UFSB (Campus Sosígenes Costa).
Conforme o boletim, as estimativas não necessariamente vão se concretizar, uma vez que os cálculos realizados se baseiam em parâmetros que variam ao longo do tempo, como as taxas de contágio e de letalidade, dependendo da qualidade dos dados oficiais e de como cada município age frente à situação.
As projeções feitas pelos cientistas são equações diferenciais que usam as informações disponíveis no momento para buscar entender as possibilidades, no caso, fazer uma estimativa do que pode ocorrer se o contágio continuar no ritmo atual e que diferença as atitudes de enfrentamento fazem nesses cenários.
Os professores trabalharam com um modelo SEIRD, que utiliza cinco compartimentos – Susceptíveis (S), Expostos (E), Infectados (I), Recuperados (R) e Óbitos (D) – e os seguintes parâmetros: tamanho da população, período de incubação, número de casos e óbitos, taxa de contágio, taxa de letalidade e tempo que uma pessoa leva para se recuperar. Com resultados preocupantes, os autores simularam a pandemia em três cenários: sem restrição ao fluxo (mobilidade total), mantendo o atual esforço de supressão de fluxo de pessoas (quarentena flexível) e um cenário restritivo próximo do lockdown.
O documento pode ser baixado e consultado na íntegra neste link.