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CONFLITOS POR TERRAS: 18 INDÍGENAS FORAM ASSASSINADOS NA BAHIA EM 2023, APONTA RELATÓRIO

Dezoito indígenas foram assassinados na Bahia ao longo do ano de 2023. O número é do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), que divulgou o relatório “Violência contra os Povos Indígenas no Brasil” nesta segunda-feira (22).

O estudo mostra que todas as mortes em território baiano foram em cidades do sul e extremo sul do estado. A motivação também é a mesma: disputa de terras.

“São comunidades indígenas que reivindicam a demarcação das suas terras e, do outro lado, são aqueles que dizem que são donos ou que querem ser donos e agem com truculência, resultando muitas vezes em mortes violentas”, avalia a assessora do Cimi, Lúcia Helena Rangel, em entrevista à TV Bahia.

De acordo com ela, há casos de emboscadas em estradas e até ônibus escolar.

Na Bahia, pelo menos dois casos tiveram grande repercussão. Um deles foi o homicídio do jovem Samuel Cristiano do Amor Divino, de 25 anos, e do adolescente Nawir Brito de Jesus, 17, em janeiro.

Eles foram mortos a tiros quando se deslocavam do Povoado de Montinho, no município de Itabela, para uma das fazendas ocupadas pelos povos Pataxó.

Outra ocorrência de destaque foi em dezembro. O cacique da aldeia Pataxó Hã-Hã-Hãe foi assassinado a tiros na estrada de Pau Brasil, em Itajú do Colônia. Representantes da Aldeia Caramuru Catarina Paraguaçu disseram que ele foi alvo de uma emboscada executada por pistoleiros. Informações do G1.