Uma das piores mazelas que pode acometer o ser humano é a sua indefinição ideológica. Porém, há de se deixar claro, isso não quer dizer que as pessoas devam permanecer sempre com as mesmas ideias para todo o sempre. O mudar é natural, é um processo evolutivo. Mas, em compensação, ser um desbaratinado ideológico, dançando conforme o hit do momento, é algo que, pelo menos ao nosso entendimento, é digno de lamentações.
Tem gente que consegue a proeza de se contradizer em pouquíssimo tempo, agindo como uma espécie de camaleão faminto, que muda de cor a depender de onde esteja a sua fonte de comida. Isso, aos sentidos dos leigos, pode soar como algo natural. Mas não é. E, a depender de onde essa vulgaridade de princípios se manifeste, o protagonista em questão assume o papel de ridículo bobo da corte, servindo à interesses que, sob à otica da coletividade, são altamente nocivos e execráveis.
E segue o biruta das sensações contraditórias: Bate aqui, sopra acolá, baba o ovo daqui, esperneia mais a frente, que nem menino amarelo que não teve os caprichos atendidos pela mamãe.
E como diria o saudoso Speed: “A maldade dos outros não é nada. E sim, a imaturidade”.