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CPI COMEÇA A OUVIR EX MINISTROS NESTA TERÇA- FEIRA: MANDETTA EXPOE NEGACIONISMO DO PRESIDENTE

Começou nesta terça- feira (4) os depoimentos marcados para a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid 19 que vai interrogar nesta semana os ministros da Saúde do presidente Jair Bolsonaro, com objetivo de entender a atuação do governo federal no enfrentamento da pandemia de coronavírus.

Na manhã de hoje (4) Mandetta, que foi o primeiro ministro da saúde de Bolsonaro a enfrentar a pandemia, e que deixou o cargo em Abril de 2020 após várias crises com o presidente, afirmou na  CPI da Pandemia que não há saída para crises pandêmicas além da vacina. Ele também defendeu o isolamento: “a medida sempre foi adequada e necessária para a prevenção da covid-19, mesmo na ocorrência dos primeiros casos no Brasil, ainda em fevereiro de 2020.”

Mandetta que está sendo sabatinado há mais de uma hora também disse que, à época da sua gestão, o cenário mais otimista até dezembro de 2020 era de 30 mil a 40 mil óbitos. O mais pessimista, sem isolamento e testagem, era de 180 mil mortes. O Brasil já passa das 400 mil mortes.

O relator da CPI, Renan Calheiros ainda deve ouvir esta semana Nelson Teich. (ministro de 7 de abril até 15 de maio de 2020.) Já a quarta-feira (5) estava reservada para o ex-ministro general Eduardo Pazuello, que comandou o ministério por mais tempo durante a pandemia. No entanto, o militar que  está sendo treinado no Palácio do Planalto para enfrentar  a dura sabatina por parte dos senadores, alegou hoje, estar  com suspeita de Covid e que não vai depor em CPI.

Na quinta-feira (06) falarão o atual ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e o presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antonio Barra Torres. O órgão é responsável por avaliar e autorizar o uso de novas vacinas contra Covid-19 no Brasil.