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CRIANÇAS QUE ACHARAM REMÉDIO NA RUA TOMARAM COMPRIMIDOS ACHANDO QUE ERAM DOCES

Caso ocorreu em Eunápolis, no extremo sul da Bahia. Uma das garotas continua desacordada e respira com ajuda de aparelhos. Foto: Taísa Moura/TV Santa Cruz.

As mães das três meninas, com idades entre 6 e 7 anos, que tomaram comprimidos de remédio controlado achados em uma rua de Eunápolis, no extremo sul da Bahia, relataram que as filhas sentiram sono excessivo, além de terem desmaios e convulsões. Uma das garotas continua desacordada e respira com ajuda de aparelhos.

Segundo Itânia Pereira, mãe de duas das três crianças, as filhas brincavam com a vizinha quando encontraram o remédio e tomaram achando que era um doce. As crianças foram socorridas pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e levadas para o hospital onde estão internadas.

O caso aconteceu na manhã de segunda-feira (15) e, até a terça (16), as crianças continuavam internadas no Hospital Regional de Eunápolis. Duas delas já saíram da unidade semi-intensiva. Apenas uma teve convulsão e é a menina que está desacordada. A substância da medicação que elas tomaram é um ansiolítico sedativo de uso controlado.

Após o susto, a dona de casa Itânia Pereira relatou que os vizinhos perceberam algo estranho em uma das filhas dela e a socorreu. “Quando eu encontrei minha filha, os vizinhos já estavam pegando ela porque ela veio na rua caindo. Ela tomou três quedas seguidas. Depois, eu dei por falta da minha outra filha, que já tinha tomado os comprimidos. Eu fui no quarto e ela estava dormindo, eu chamava e ela não acordava”, disse.

A filha da trabalhadora rural Sara Pereira Costa é uma das meninas que já acordou após o susto. Ela não corre risco de morte, mas não consegue falar e ainda precisa de cuidados. “Ela tomou muito remédio. Não está conversando direito, ela só abre a boca. Nem sentar, está sentando”, relatou.

Na terça-feira, Itânia e Sara foram intimadas para prestar depoimento na delegacia de Eunápolis. O delegado vai ouvir ainda outros vizinhos e testemunhas para tentar descobrir quem jogou o remédio na rua, e de quem é a responsabilidade pela intoxicação das meninas. Do G1.