Os 12 produtos alimentares (feijão, arroz, farinha de mandioca, pão, carne, leite, açúcar, banana, óleo, manteiga, tomate e café) e suas respectivas quantidades, passou a custar R$531,09 no mês de setembro na cidade de Ilhéus, um aumento de 0,68% comparativamente ao mês de agosto.
Dos doze produtos que compõem a cesta básica, cinco itens aumentaram de preço: carne (9,54%), feijão (3,98%), açúcar (2,86%), óleo (1,44%) e pão (1,32%). Em contrapartida, seis reduziram de preço: banana (-12,97%), café (-6,35%), manteiga (-5,02%), leite (-3,21%), arroz (-2,01%) e farinha (-1,22%). O item tomate não teve variação de preço entre os meses de agosto e setembro.
No mês de setembro, os produtos com maior participação no custo da cesta básica foram: carne bovina (31,53%), pão (13,83%) e banana (10,80%). Por outro lado, os itens com menor participação nesse custo foram: açúcar cristal (2,64%), café (2,03%) e óleo (1,32%).
Observando os últimos seis meses, o custo da cesta básica reduziu 6,79% em Ilhéus. Nesse período, o tomate foi o item que teve maior redução de preço (-57,10%) e o café o maior aumento de preço (22,67%). Nos últimos 12 meses o custo da cesta reduziu 1,04%, e novamente o tomate foi o item que teve a maior redução de preço (-54,40%) e o arroz o maior aumento de preço (32,16%).
Em setembro, o tempo despendido por trabalhador para adquirir os 12 itens da cesta básica na cidade de Ilhéus foi de 88 horas 29 minutos, um comprometimento de 40,66% do salário mínimo líquido de R$1.306,10 – descontando-se 7,5% de contribuição previdenciária do salário bruto de R$1.412,00.
Em setembro o preço da carne bovina e do feijão apresentou os maiores aumentos. Em relação à carne bovina isso se deveu ao cenário externo favorável, induzindo à exportação e diminuindo sua oferta interna, resultando em elevação de preço nos estabelecimentos comerciais. O aumento de preço do feijão está relacionado à sua baixa
produção em todo o país, levando a menor oferta doméstica e aumento de seu preço para o consumidor final.
Em contrapartida, alguns produtos apresentaram quedas expressivas, como a banana (-12,97%) e a manteiga (-5,02%). O preço da banana tende a variar conforme a época do ano e a eventos climáticos. Durante o verão, por exemplo, a oferta do produto diminui, levando a aumento no preço. No inverno, a produção geralmente é maior, o que contribui para a redução de preço. No entanto, eventos climáticos extremos, como secas ou enchentes, também podem causar picos de preço. No caso da manteiga, a queda de preço está relacionada com redução do custo do leite (-3,21%), principal insumo para a fabricação da manteiga. De forma que, uma menor pressão de custo na cadeia de laticínios permitiu um alívio nos preços para o consumidor final dos derivados.
Para os próximos três meses, a expectativa é de redução do custo da cesta em outubro, porém seguida de aumentos até dezembro de 2024.
Em relação à previsão do comportamento dos preços dos 12 itens que compõem a cesta básica, a expectativa é de preços relativamente estáveis para a maioria deles, exceto para café e tomate que poderão aumentar de preço nos próximos meses, e manteiga e carne a expectativa é de redução de preço.
Fonte: Projeto de extensão Acompanhamento do Custo da Cesta Básica – ACCB/UESC.