O desmatamento da mata atlântica, o bioma mais ameaçado do país, aumentou 29% no último ano em relação ao período entre 2010 e 2011 e é o maior desde 2008.
A área desmatada foi de 23.548 hectares (235 km2), sendo 21.977 hectares de perda de florestas, 1.554 hectares de supressão de vegetação de restinga e 17 hectares destruição de mangues.
O dado é uma comparação dos dez Estados avaliados em todos os períodos (BA, ES, GO, MG, MS, PR, RJ, RS, SC e SP).
Os dados são do “Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica”, divulgado nesta terça-feira (4) pela Fundação SOS Mata Atlântica, em parceria com o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).
Minas Gerais continua como o campeão de desmatamento, com aumento de 70% (10.752 hectares) em relação ao período anterior.
A Bahia ficou em em segundo lugar (4.516 hectares). O Piauí, que foi incluído pela primeira vez no “Atlas” aparece em terceiro lugar com perda de 2.658 hectares.
Os destaques positivos são Espírito Santo e Mato Grosso do Sul, que tiveram redução de 93% e 92% do desmate, respectivamente.
Em São Paulo, houve um desmatamento de 190 hectares, uma redução de 7% comparado ao período anterior.
Uma novidade do levantamento é a inclusão de novos ecossistemas como dunas e restingas.
A área coberta pela pesquisa é de 81% da área do bioma –basicamente o que não estava coberto por nuvens.
Com a inclusão do Piauí, o que resta da mata atlântica é 8,5% da área original.