Preocupado com os desdobramentos da crise hídrica, o governo Dilma Rousseff planeja uma campanha institucional para estimular o uso racional da água. A decisão marca uma mudança de postura do Palácio do Planalto, que até o momento se concentrava na oferta de apoio financeiro aos principais Estados afetados pelos problemas de abastecimento.
Uma das apreensões do governo federal é evitar a mistura da crise energética com a hídrica – apesar de as duas questões estarem interligadas, a hídrica tem abalado mais a popularidade do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB),conforme mostrou pesquisa do instituto Datafolha.
A estratégia de comunicação do governo federal também deve delimitar as responsabilidades de União e Estados na gestão da água. Pela legislação, os serviços de saneamento são geridos exclusivamente pelos Estados. À União cabe o apoio com recursos e medidas que cada ente da federação entenda como necessários.