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DOZE CIDADES NA BAHIA TERÃO MÉDICOS ESTRANGEIROS

Doze municípios baianos irão receber médicos estrangeiros pelo programa Mais Médicos, do Ministério da Saúde. Ao todo, são 30 profissionais de outras nacionalidades que foram formados em universidades de fora do país. 
O nome dos médicos e a cidade em que trabalharão a partir da segunda quinzena de setembro foram divulgados ontem, em portaria publicada no Diário Oficial da União. 
Há também 11 brasileiros que cursaram Medicina em faculdades estrangeiras e também foram selecionados pelo Mais Médicos.
Ontem, o Ministério da Saúde anunciou ainda a ampliação no número de médicos brasileiros que vão trabalhar na Bahia para 103 — na semana passada, eram 85. Contando nacionais e estrangeiros, serão 144 médicos em 63 municípios, o maior número em todo o país, seguido de São Paulo (134), Rio Grande do Sul (119) e  Ceará (117). Salvador receberá 47 médicos, sendo 12 estrangeiros. 
Dos 12 municípios baianos escolhidos por estrangeiros, seis não foram selecionados por nenhum brasileiro. São eles: Salvador, Alagoinhas, Barra, Bonito, Feira de Santana, Madre de Deus, Itaparica, Livramento de Nossa Senhora, Mutuípe, Tanhaçu, Teixeira de Freitas e Valença.
Quando o programa foi lançado, no mês passado, 317 cidades baianas se inscreveram solicitando, ao todo, 1.382 médicos. A baixa adesão dos profissionais, todavia, deixou 254 municípios de fora – o número de vagas preenchidas equivale a pouco mais de 10% da demanda. Em todo o país, foram abertas 10 mil vagas, mas somente 1.618 profissionais se candidataram.
O secretário da Saúde do estado, Jorge Solla, comemorou o resultado, já que o processo de inscrição deu aos médicos a opção de escolher qual cidade do país gostariam de trabalhar. “E a Bahia foi o estado mais procurado. O resultado foi positivo diante a indisponibilidade dos profissionais”, disse. Segundo o Ministério da Saúde, dos 63 municípios escolhidos pelos médicos, 
49 deles estão em regiões de extrema pobreza.
O secretário salienta que a desconfiança dos profissionais estrangeiros foi o que determinou a baixa adesão. “Você tem que imaginar que pra alguém para sair da Espanha para vir para cá para um programa que está começando, fica inseguro. À medida que for funcionando, vai atraindo novos profissionais”, disse.