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DUAS MORTES POR SUSPEITAS DO “FUNGO NEGRO” SÃO REGISTRADAS NA BAHIA; DOENÇA É ASSOCIADA À COVID-19

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Duas mortes por uma doença conhecida por “fungo negro” foram registradas na Bahia. O caso mais recente aconteceu na última sexta (24) no sudoeste do estado, na cidade de Paramirim. A paciente de 36 anos estava internada no Hospital da cidade. A enfermidade, conhecida tecnicamente por mucormicose, vem sendo associada ao coronavírus desde que milhares pessoas na Índia desenvolveram a enfermidade.

De acordo com o jornal ‘Correio’, um familiar, que preferiu manter-se no anonimato, relatou que a paciente passou por uma tomografia poucos dias antes de falecer, e os médicos avisaram à família sobre a suspeita da doença.

A Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) informa que além da mulher em Paramirim, outro caso teve confirmação. De acordo com a pasta, um homem de 44 anos, diabético, morreu vítima do “fungo negro” no dia 9 de maio de 2021. O caso aconteceu no município de Baianópolis, que fica na região oeste do estado.

De acordo com dados do Ministério da Saúde no ano de 2020 ocorreram 26 casos da doença no Brasil. Já neste ano, 82 pessoas foram diagnosticadas até o último dia 14 de setembro. Destes, 42 casos tiveram coinfecção por coronavírus.

O SUPERFUNGO – Em dezembro de 2020, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) emitiu um alerta sobre a investigação do possível primeiro caso positivo no país de um fungo resistente a medicamentos – o Candida auris -, responsável por infecções hospitalares que se tornou um dos mais temidos do mundo. O organismo foi identificado em amostra de ponta de cateter de paciente internado em UTI [unidade de terapia intensiva] adulto no hospital da Bahia, em Salvador.

Ao todo, onze pacientes foram diagnosticados com o superfungo fatal na unidade de saúde. A situação chegou a ser tratada pela Anvisa como surto, informação que foi posteriormente negada pelo diretor do hospital, Marcelo Zollinger.

“Não existe surto. São cinco pacientes apenas. Não existe nenhum que possa definir isso com um surto. Isso não existe. O número de casos está desalinhado com a realidade”, afirmou à época.