O secretário de saúde do estado, Fábio Vilas-Boas, concedeu entrevista na manhã desta terça-feira (1º) para a o programa “Isso É Bahia”, da Rádio A Tarde FM. Durante o programa, o secretário demonstrou preocupação e falou sobre um possível agravamento dos índices da pandemia nos próximos meses, principalmente após os feriados de São João e São Pedro.
“Acho que os meses de junho e julho serão muito piores do que foi maio e abril. Sabemos que haverá uma migração de pessoas para a zona rural, mesmo com o feriado cancelado, e é provável que tenhamos um pico 20 dias depois de São João e São Pedro. Enfim, o que nós poderíamos fazer nós já fizemos. Daqui pra frente é usar as forças de segurança do estado para coibir festas e aglomerações”, ponderou.
Vilas-Boas também comentou a atuação do Ministério da Saúde e a gestão do ministro Marcelo Queiroga, que assumiu após a saída de Pazuelo. Para ele, o atual mandatário recebeu a difícil tarefa de “conduzir da forma correta, científica e técnica, mas sem entrar em rota de colisão com o presidente” e tem feito o possível para adquirir vacinas, que ainda faltam por “fruto de erros do passado”.
“Por que não tem vacina agora? Por conta da língua de pessoas de cima. Declarações infelizes do ministro Paulo Guedes dizendo que a China é isso ou aquilo, e ai a China naturalmente deu um castigo na gente. O que podia ser feito para reverter falta de vacina foi feito. Ele [Queiroga] entrou em contato com a Organização Mundial da Saúde (OMS), com a Organização Panamericana de Saúde (Opas), com embaixador americano e chinês e tudo isso é o caminho certo. Fez o que tinha de ser feito e fruto disso são os acordos de pré compra de vacina que o Brasil tem que ultrapassa 500 milhões de doses”, disse.
FONTE: A Tarde
