A ração essencial mínima, definida pelo Decreto lei 399, de 30 de abril de 1938, que estabelece 12 produtos alimentares (feijão, arroz, farinha de mandioca, pão, carne, leite, açúcar, banana, óleo, manteiga, tomate e café) e suas respectivas quantidades, passou a custar R$416,19 no mês de março na cidade de Ilhéus, um aumento de 10,86% comparativamente ao mês de fevereiro.
Curiosamente, o mês estudado bate com o início da pandemia de Coronavírus que chegou na cidade. Pelos supermercados da cidade, ainda não há escassez de produtos, mas alguns deles apresentaram severo aumento de preço. É o caso da Banana, do Tomate e do Arroz. Enquanto a banana, uma das frutas preferidas do brasileiro, aumentou mais de 39%, dois itens que estão sempre presente na mesa tiveram uma alta igualmente assustadora. O tomate e o arroz branco (30,86% e 26,57%, respectivamente) também se tornaram os vilões na conta do mercado.
Dos 12 itens que compõem a cesta básica, sete aumentaram de preço: banana (39,07%), tomate (30,86%), arroz (26,57%), farinha (6,22%), café (1,95%), carne (1,82%), e pão (1,00%). Em contrapartida, quatro itens reduziram de preço: óleo (-5,13%), leite (-3,87%), e feijão (1,29%) e manteiga (-0,53%). O preço do açúcar não sofreu alteração no mês de março.
Em março, o tempo de trabalho despendido para adquirir uma cesta básica em Ilhéus foi de 95 horas e 14 minutos, um comprometimento de 43,29% do salário mínimo líquido de R$961,40 – descontando-se 8% de contribuição previdenciária do salário bruto de R$1.045,00.
O estudo é do projeto de Acompanhamento do Custo da Cesta Básica (ACCB), organizado pelo departamento de ciências econômicas da UESC. Para o boletim completo acesse o sitehttp://nbcgib.uesc.br/cesta/