Neste ano na Bahia 35 municípios fizeram solicitação de exame diagnóstico para Sarampo, de acordo com boletim epidemiológico do Ministério da Saúde. O documento reúne dados até abril e indica que nenhuma cidade baiana teve resultado positivo. Ainda assim, o estado está entre os que mais solicitam exames ao lado de Amapá, Pará e São Paulo, que possuem com casos confirmados de sarampo e mantém a circulação do vírus, além do Rio de Janeiro.
O boletim indica que 82,24% dos exames totais realizados no país neste ano vem desses cinco estados e 17,76% são oriundos das demais unidades da federação.
Em 2020, a Bahia ficou entre as 21 unidades federadas que registraram casos da doença. E o país, que em 2016 chegou a ter certificação da eliminação do vírus, registrou 16.611 ocorrências suspeitas da infecção. Em 2019, após um ano de franca circulação do vírus, o país perdeu a certificação de “país livre do vírus do sarampo”, dando início a novos surtos, com a confirmação de 20.901 casos da doença. No ano passado, entre os 417 municípios baianos, 82 solicitaram sorologia e biologia molecular para diagnóstico de sarampo e o estado chegou a dezembro com sete casos confirmados.
Já neste ano, até o mês de abril, 416 casos de sarampo foram confirmados no Brasil. Foram notificados 981 casos suspeitos e 42,4% tiveram diagnóstico positivo, ressalta o boletim do Ministério da Saúde.
Os dados mostram que as crianças menores de um ano de idade apresentam o maior número de casos confirmados (148) com maior ocorrência no sexo feminino (54,7%).
BAIXA ADESÃO À VACINAÇÃO
Autoridades de saúde estão em alerta quanto ao sarampo. Um problema que já vinha sendo percebido há alguns anos foi agravado pela pandemia da Covid-19: a baixa adesão à vacinação. No fim do ano passado dados parciais da Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) mostraram que, há um mês do término de 2020, apenas 55% da população que deveria ser vacinada contra o sarampo compareceu aos postos e recebeu o imunizante.
A última vez que a Bahia atingiu a meta de vacinação, de 95% da população, foi em 2014. De lá para cá o estado até tem se esforçado, mas segue sem conseguir vacinar o número considerado ideal, admitiu a Secretaria da Saúde do Estado (Sesab).
O sarampo é uma doença viral, infecciosa aguda, transmissível e extremamente contagiosa. É grave, principalmente em crianças menores de cinco anos de idade, pessoas desnutridas e imunodeprimidas.
Vale ressaltar que a vacina contra o sarampo é segura e está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS). Ela faz parte do Programa Nacional de Imunização (PNI).
Em 2019, o sarampo matou mais de 207 mil pessoas no mundo. O número representa um crescimento de 50% em quatro anos, conforme dados do relatório divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em conjunto com os Centros para Controle e Prevenção de Doenças (CDC), dos Estados Unidos. [Bahia Notícias]