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EM SESSÃO POLÊMICA, VEREADORES EXIGEM MAIS RESPEITO E PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS AO PODER EXECUTIVO DE ILHÉUS

Vereador César Porto. Foto: Ilhéus24h.

Na sessão ordinária desta terça-feira (07), alguns vereadores surpreenderam os presentes com discursos enfáticos acerca do serviço prestado pelo Poder Executivo Ilheense.

O Vereador César Porto (PDT) utilizou o grande expediente para trazer ao plenário da Câmara Municipal a sua insatisfação com o suposto privilégio que é dado à Zona Sul em detrimento do pouco investimento que chega até a Zona Norte de Ilhéus. Porto afirmou que os maiores serviços realizados pela Prefeitura de Ilhéus está concentrado na Zona Sul e exemplificou ressaltando o bom estado de conservação de bairros como a Sapetinga, além de grandes obras como a rotatória, rede de esgoto e inauguração do  posto de saúde.

“Apenas a Zona Sul será privilegiada?” – questionou César, mencionando localidades da Zona Norte que precisam de atenção emergencial, como o Teotônio Vilela, Alto do Amparo, Vila Freitas, Palmares e Basílio. Registrando ainda a grave situação da Passarela do São Miguel, que segundo o Vereador “já se tornou motivo de vergonha para o Município” e até o momento nenhuma providência foi adotada pelo Poder Executivo.

Porto concluiu a sua fala dizendo: “Eu sempre disse, sou PDT e sou Ilhéus. Não sou contra e nem a favor do Governo. Para o que está certo: parabéns. Para o que está errado, está errado e acabou. Como vereador não vou me calar nunca, por que quem me colocou aqui foi o povo”.

Vereador Tarcísio Paixão (PP). Foto: Ilhéus24h.

Em seguida, a palavra foi dada ao Vereador Tarcísio Paixão (PP), que disse: “ouvi atentamente a fala do Vereador César Porto e quero dizer que o Vereador César tem razão pelo seu pronunciamento quando fala no tocante a Zona Norte. A Zona Norte de Ilhéus, lamentavelmente, não sei o motivo, não tem tido a atenção que lhe é devida. Os governos não deram atenção como tem dado para a Zona Sul”. Tarcísio embasou a sua afirmativa tomando como exemplo a diferença de tratamento entre a ponte do Pontal e a ponte que liga Ilhéus a Itacaré. Segundo o Edil, a ponte do Pontal é pintada de seis em seis meses, enquanto a ponte que liga Ilhéus a Itacaré não recebe o mesmo tratamento. O Vereador Tarcísio ainda mencionou a invasão das águas na Zona Norte como outro ponto crítico, ainda sem solução. E concluiu: “o Vereador César Porto sabe o que fala. Eu disse ao Prefeito Mário e vou falar aqui […]: no ritmo que vai, no andar da carruagem, que eu tenho certeza que não continuará, é nisso que eu acredito, se continuar dessa forma, nós vereadores, estamos condenados, condenados, à derrota vergonhosa na próxima eleição”.

Vereador Paulo Meio Quilo (PV). Foto: Ilhéus24h.

Paulo Meio Quilo (PV) também fez uso da palavra para explanar sua insatisfação com o secretariado do governo. Disse que não consegue manter contato com alguns secretários para executar suas indicações, mencionando suas incansáveis tentativas de encontrar Lobão, Secretário de Turismo. “Vai fazer um ano que eu não sei quem é esse tal de Lobão”, afirmou o Vereador Meio Quilo. Para ele existem secretários no governo que não merecem os 13 mil reais que recebem mensalmente e prometeu que a partir de agora vai “abrir o bico”.

Vereador Nerival Reis (PC do B). Foto: Ilhéus24h

Nerival Reis (PC do B) também protagonizou a sessão plenária desta terça-feira propondo um convite ao Prefeito Mário Alexandre, a partir de um requerimento oral, para que o representante do Poder Executivo preste esclarecimento à Câmara de Vereadores. Segundo Nerival, Secretários e Prefeito não atendem os telefonemas dos Vereadores e afirma “eu não tenho mais tesão de fazer um requerimento”, justificando que não obtêm êxito na execução dos seus pedidos direcionados ao Poder Executivo. Para Nerival, já que não é possível encontrar o Prefeito, é preciso convida-lo até a Casa Legislativa para que ele possa se explicar.

Vereador Ivo Evangelista (PRB). Foto: Reprodução.

Ivo Evangelista (PRB) contribuiu em sinal de apoio aos argumentos dos seus colegas vereadores e ressaltou: “não possuo mulher e pai trabalhando na Prefeitura”. Esclareceu ainda que o Prefeito não pode cassar o mandato dos vereadores, mas os vereadores podem cassar o mandato do Prefeito, desde que haja razão e lastro legal.

A sessão polêmica na Casa Legislativa Ilheense se estendeu até o período da noite sob forte emoção e os vereadores já dão indícios de uma nova postura a ser adotada a partir de então perante o Poder Executivo.