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ENTREGADOR JOGADO DE PONTE POR POLICIAL CONTA DETALHES DO CASO

Marcelo Amaral, o jovem de 25 anos que foi jogado de uma ponte por um policial militar no último dia 2, na zona sul de São Paulo, falou pela primeira vez sobre os momentos de terror que viveu.

Em entrevista ao “Fantástico”, da TV Globo, ele descreveu a ação como uma tentativa de homicídio. “Eu pensei que ia morrer. Ele me deu duas opções: ou eu pulava, ou ele me jogava.”

A abordagem ocorreu após uma perseguição. Marcelo contou que foi alcançado pelos policiais, agredido com cassetete e levado à beira da ponte. O agente responsável pelo ato, Luan Felipe Alves Pereira, afirmou que o jovem teria que escolher entre pular ou ser jogado junto com a motocicleta. Mesmo tentando provar que sua moto era regular, Marcelo foi empurrado e caiu de uma altura de mais de três metros.

Imagens obtidas pelo programa mostram o momento em que o entregador tenta escapar, mas é perseguido pelos policiais. Após a queda, ele foi socorrido por moradores de rua, que o ajudaram a sair do riacho. Ferido, ele pediu carona a um motorista e foi levado para atendimento médico.

O caso gerou indignação e levou à prisão preventiva de Luan Felipe Alves Pereira, decretada pela Justiça Militar. Outros 12 policiais envolvidos na ação foram afastados, e investigações estão sendo conduzidas pela Corregedoria da PM e pela Polícia Civil.

Autoridades repudiaram o episódio. O Ministério Público classificou o ato como “inaceitável” e afirmou que houve grave violação de direitos humanos. O governador Tarcísio de Freitas e o secretário de Segurança Pública também se manifestaram contra a violência policial.

Marcelo ainda tenta entender o que motivou o policial. “O que passou na mente dele para fazer isso?”, questionou durante a entrevista. Apesar do trauma, ele afirmou estar disposto a lutar por justiça e espera que o caso não se repita com outras pessoas.