Essa data relembra o marco internacional de luta e resistência da mulher negra para reafirmar a necessidade de enfrentar o racismo e o sexismo vivido até hoje por mulheres que sofrem com a discriminação racial, social e de gênero.
No Brasil, a data também é celebrada pelo Dia Nacional de Tereza de Benguela que foi um líder quilombola de destaque que resistiu à escravidão durante duas décadas no século XVIII, lutando pela comunidade negra e indígena que vivia sob sua liderança.
Aqui em Ilhéus, a Escola Municipal Themístocles Andrade, no Teotônio Vilela, encerrou brilhantemente o projeto idealizado pelas professoras Tereza Sá e Telma Sá “Mulher negra: a força que se explica”, um projeto interdisciplinar com o objetivo de apresentar as resistências e superação da mulher negra brasileira como legado da ancestralidade africana através de ações diversificadas, proporcionando reflexão e debate sobre a questão racial e de gênero no espaço escolar.
Durante todo mês de julho foram realizadas na escola atividades, oficinas e mesas de debates com convidadas e convidados que atuam em diversas áreas. A mesa de encerramento, nesta segunda-feira (25) teve como subtema: “Sou uma, mas não sou só”
Composta por nomes como o da professara Luciana Leitão, do departamento de ciências da educação da UESC, Angelina Maria de Jesus, mulher negra, mãe e diarista; Geomara Moreno, poeta, ilustradora e mestra em ensino e relações étnicos raciais, Eva Paim, psicóloga clínica antirracista especialista em psicologia social e idealizadora do projeto Se afrochegue ela foi mediada pela jornalista e mestra em memória, Linguagem e Sociedade: Graci Sá.
Entre as falas, reforçou-se a importância do estudo para a realização de sonhos e objetivos e foi lembrado que apesar da intensa desigualdade de presença de mulheres negras em locais de destaque, elas fazem parte da maioria racial no Brasil.
O evento também contou com apresentações culturais como o grupo de teatro Trapizonga, o grupo de capoeira Nação Zumbi e a cantora e compositora Eloá Monteiro.
