A partir desta terça-feira (02), o Teatro Popular de Ilhéus (TPI) começa sua nova revolução com a estreia de 1789. O espetáculo, uma ópera afro-rock, não só conta o fato histórico do levante dos escravos do Engenho de Santana, no século XVIII. A peça discute ainda condições de trabalho, autonomia de produção e a necessidade de uma nova transformação social.
A peça será apresentada às 20h e ficará em cartaz até o fim do mês, de quarta a sábado, na Tenda do TPI. As entradas custam R$ 20 e R$ 10.
Apesar de a estreia ter sido marcada para a data em que se comemora a Independência da Bahia, o espetáculo 1789 fará apresentação especial para 200 convidados nesta segunda-feira (1º). A pré-estreia será às 20h, na Tenda do TPI, montada na Avenida Soares Lopes. As entradas devem ser reservadas no local ou pelo telefone (73) 4102-0580.
O diretor artístico do Balé Afro da Bahia, Zebrinha, re-encontrou com o elenco do TPI neste sábado e domingo (29 e 30). O coreógrafo ajudou a afinar os últimos detalhes dos movimentos dos artistas e marcações de cenas. Ele já havia colaborado anteriormente com a montagem. Outro colaborador artístico foi o diretor e dramaturgo Márcio Meirelles, do Bando de Teatro Olodum, que ministrou oficina sobre performance negra.
Além da combinação musical entre rock e música afro, dirigida por Elielton cabeça, 1789 mistura as linguagens do teatro, dança e audiovisual. “Queremos apresentar um fato histórico de maneira diferente, do jeito do Teatro Popular de Ilhéus”, explica o autor e diretor Romualdo Lisboa.