O resultado de um estudo feito pela Comissão de Meio Ambiente da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), apresentado nesta terça-feira (6) durante sessão na Casa, chamou atenção para o perigo de rompimento de barragens no estado.
Segundo os dados do levantamento, de treze barragens vistoriadas em quatro meses, apenas três estão com a manutenção em dia. Uma delas, que fica na cidade de Araci, no nordeste do estado, corre risco de romper se um dia vier a transbordar.
A vistoria foi iniciada depois da Agência Nacional de Águas (ANA) ter revelado no final do ano passado que das 335 barragens da Bahia cadastradas no órgão, dez apresentavam problemas de estrutura. O estado é o que tem o maior número de equipamentos comprometidos.
A comissão da Alba visitou as dez barragens citadas pela ANA. Afligidos, no município de São Gonçalo dos Campos; Apertado, em Mucugê; Araci, em Araci; Cipó, em Mirante; Luiz Vieira, em Rio de Contas; RS1 e RS2, em Camaçari; Tábua 2, em Ibiassucê; Zabumbão, em Paramirim; e Pinhões, entre Juazeiro e Curaça.
Além dessas dez barragens, deputados sugeriram que outras três estruturas fossem incluídas na vistoria. Santo Antônio, em Ibiassucê; o reservatório de Cariacá, em Monte Santo; e Barragem de Rejeitos Mineração Caraíba, em Jaguarari.
As barragens com manutenção em dia são RS1 e RS2 e Zambumbão. Todas as demais apresentam algum tipo de risco. Sete estão no nível de alerta um, o mais baixo, mas que exige atenção, três estão no nível dois, e precisam de reparos mais urgentes.
Das três barragens que estão no nível de alerta dois, a de Araci, corre o risco de avançar pro grau três, o mais perigoso. Segundo o relatório, caso chova e volte a encher, ela pode romper por causa de rachaduras e pontos de erosão. (G1/Correio)