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FÁBRICA-ESCOLA DO CHOCOLATE É INAUGURADA EM ILHÉUS, TERRA DO CACAU

Resultado de parceria entre as secretarias da Educação, de Cultura (SECULT), de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (SJDHDS) e a Casa Civil do Governo da Bahia, a Fábrica-Escola do Chocolate foi inaugurada na tarde de terça-feira, 17, no Centro Estadual de Educação Profissional (CEEP), localizada no Bairro do Malhado, em Ilhéus, pelo Governo do Estado a Fábrica-Escola do Chocolate. O ato de inauguração contou com as presenças do prefeito de Ilhéus, Mário Alexandre, do Secretário de Educação do Estado, Walter Pinheiro, da reitora da Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC), Adélia Pinheiro, entre outras autoridades locais e regional.

Na abertura, alunos da Instituição de Ensino Médio fizeram uma apresentação teatral, cujo tema foi a relação professor/aluno/professor no passado e a triste realidade nos dias atuais. Aspectos dessa relação, como o Buylling e inclusão, foram abordados na peça, além da história de Nelson Schaun, que dá o nome à escola. A professora Janira de Jesus foi homenageada e recebeu das mãos da Reitora da Uesc, Adélia Pinheiro (ex-aluna da casa) um vaso com orquídea branca. Por sua vez, Janira fez uma explanação sobre a trajetória do CEI (Colégio Estadual de Ilhéus) ao CEEP. Ela é ex-aluna e professora da escola há 27 anos.

Após o cerimonial, todos se dirigiram à Sala do Chocolate, onde as autoridades oficializaram a inauguração da Fábrica-Escola, que integra o projeto Escolas Culturais da secretaria de Educação da Bahia. Além de conhecer as instalações do novo equipamento, os presentes assistiram a uma demonstração sobre o processamento do chocolate e degustaram vários tipos do produto em suas diferentes porcentagens.

O Centro Estadual de Educação Profissional (CEEP) Nelson Schaun, no bairro do Malhado, passa a contar com a unidade Fábrica-Escola do Chocolate, que servirá como laboratório para os estudantes dos cursos técnicos de nível médio, criando um link entre o ensino didático e a prática profissionalizante. As aulas possibilitam ao aluno desenvolver projetos, pesquisas e intervenções sociais, aperfeiçoando a formação profissional, tendo como foco principal o chocolate.

Cadeia Produtiva – Para o prefeito de Ilhéus, Mário Alexandre, essa é mais uma importante vitória para a cidade e a região. “Com a ajuda de todos, a cidade ganha a primeira fábrica-escola de chocolate, onde os nossos alunos passam a ter conhecimento do fruto do cacau desde a plantação, ao cultivo, produção e venda. Antes, éramos conhecidos como a terra do cacau, queremos e vamos nos tornar a terra do chocolate, também”, acrescentou entusiasmado.

Segundo o secretário de Educação do Estado, Walter Pinheiro, “poder estar de volta à Ilhéus é transformador. O cacau em Ilhéus passa a ter nota, nota de qualidade, sabor e aroma. É ofertado ao aluno uma nova vertente, uma nova modelagem na educação, é importante esse link com o chocolate, com o cacau, com a história de Nelson Schaun, com a história de Ilhéus, e permitir, assim, reabrir as portas para que o mundo possa adentrar. ” No turno da manhã, representantes do Banco Mundial visitaram a unidade.

Duas destas fábricas já estão em funcionamento: a Fábrica-Escola do Chocolate, vinculada ao Centro Territorial de Educação Profissional (CETEP) do Baixo Sul, no município de Gandu, e a Fábrica-Escola do Couro, no CETEP Bacia do Jacuípe, no município de Ipirá. A possível comercialização dos produtos dessas fábricas-escolas será amparada pelo jurídico, de forma legal e sem fins lucrativos.

Escritório Criativo – Também será lançado no CEEP Nelson Schaun, o Escritório Criativo Territorial, que somado à Fábrica-Escola, terá o objetivo de fomentar a educação empreendedora e a cultura da inovação e da criatividade nos Centros de Educação Profissional, disponibilizando serviços de consultoria e assessoria nos Territórios de Identidade. Entre outras atividades, o Escritório Criativo Territorial também promoverá a proteção à inovações, criações, marcas e patentes de estudantes, professores e comunidades, além de fomentar arranjos produtivos locais e territoriais.