As manchas de óleo que atingem a costa de vários municípios litorâneos do Nordeste chegaram à Ilhéus, no sul da Bahia, no início da manhã da última sexta-feira (25), na Praia de Juerana, zona Norte. A praia foi limpa graças à força-tarefa coordenada pela Prefeitura, em conjunto com a Marinha, Corpo de Bombeiros Militar, instituições e órgãos ambientais. Mais de 300 toneladas já foram retiradas das praias baianas desde a chegada da substância, e Estado está em situação de emergência.
O prefeito Mário Alexandre classificou o vazamento de petróleo cru no litoral do Nordeste, ocorrido desde o início de setembro como um crime ambiental. “É preciso, sobretudo, unir as forças, através de um comitê interinstitucional em parceria com o Governo do Estado”. O prefeito disse que o momento é triste, porém, transmitiu tranquilidade aos ilheenses e turistas a respeito da condução dos trabalhos”.
Segundo o secretário de Desenvolvimento Econômico, Meio Ambiente e Urbanismo, Jerbson Moraes, as praias na faixa do município de Ilhéus já estão limpas, porém, o monitoramento continua com auxílio da comunidade e, a qualquer momento, nossos meios e pessoal podem ser acionados para retirada de mais óleo, caso chegue. Após o trabalho de limpeza, a substância não retornou à praia”, informou.
“Foi uma fatalidade e uma situação muito difícil”, lamentou Vinícius Alcântara, presidente do Grupo de Amigos da Praia (GAP). “A Prefeitura, órgãos ambientais, empresas, moradores e voluntários chegaram depressa ao local e agiram com bastante eficiência. Estamos juntos para ajudar no que for necessário. Essa causa é de todos nós”, complementou.
O secretário estadual do Meio Ambiente, João Carlos Oliveira, chegou à Ilhéus nesta tarde para uma reunião de alinhamento sobre as ações que serão adotadas para limpeza das praias atingidas pelo óleo nos municípios de Cairú, Uruçuca, Ilhéus, Maraú e Itacaré. O prefeito Mário Alexandre e outros representantes municipais participam do encontro no Centro de Convenções Luiz Eduardo Magalhães.
As manchas de petróleo em praias do Nordeste já atingiram pelo menos 225 localidades em mais de 80 municípios de nove estados. O fenômeno tem afetado a vida de animais marinhos e causado impactos nas cidades litorâneas. A origem desconhecida do material poluente está sob investigação. Quando entra em contato com o calor e luz, libera substâncias poluentes e tóxicas, que podem provocar danos à saúde de pessoas, animais e plantas.