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FOTO RARA REVELA DETALHES DE ILHÉUS ENTRE 1935 E 1940

Imagem histórica, compartilhada por José Nazal, mostra construções emblemáticas e o traçado urbano da cidade antes de grandes transformações

O pesquisador e memorialista José Nazal, referência quando o assunto é a história de Ilhéus, presenteou os apaixonados pela cidade com mais um dos seus registros valiosos. Uma fotografia aérea rara, estimada entre os anos de 1935 e 1940, mostra detalhes do centro histórico de Ilhéus em um período anterior a importantes obras de urbanização.

A imagem chegou até Nazal pelas mãos do engenheiro aposentado Ubaldo Sena Filho, um entusiasta da história local e colecionador de documentos e imagens antigas. O registro surpreende não apenas pela qualidade, mas por capturar um momento em que a cidade ainda preservava aspectos urbanísticos que se perderiam com o passar das décadas.

Construções em destaque

Na foto, é possível observar a Catedral de São Sebastião ainda em construção, iniciada em 1931, com as estruturas erguidas, mas sem a escadaria frontal. As praças Luís Viana e João Mangabeira já aparecem urbanizadas, enquanto o Outeiro de São Sebastião ainda não possuía a atual ladeira de acesso, sendo ligado ao restante da cidade por escadarias e pequenas ruas.

Também se destacam o Ilhéos Hotel, o Teatro Municipal, o tradicional Bar Vesúvio já com o segundo pavimento e o Palacete Misael Tavares, inaugurado em 1914, que hoje abriga a Loja Maçônica Regeneração Sulbaiana. Na imagem, ainda se vê a antiga casa de verão da família Tavares, localizada onde atualmente está o Edifício Morada do Sol.

Um retrato das ruas e da cultura local

O registro aéreo permite visualizar ruas com nomes populares antigos, como a Rua da Tripa (atual Fernando Leite Mendes), Rua do Fogo (hoje Tereza Cristina), além da Praça do Cadete. O Prédio Escolar, imponente, também aparece com destaque, cercado por casas tradicionais da época.

A Avenida Soares Lopes, um dos principais cartões-postais de Ilhéus atualmente, surge na imagem com o mar muito mais próximo do que hoje, protegido por um gabião de pedras que servia de contenção. A Rua das Quintas (hoje Rua Dom Valfredo Tepe) e a chamada Rua da Linha (atual trecho das ruas Bento Berilo e Visconde de Mauá) completam o traçado urbano registrado na fotografia.

Valorização da memória

Para José Nazal, que há décadas se dedica a registrar e contar a história de Ilhéus, a fotografia é mais do que uma relíquia. “A maior fortuna que podemos ter são os amigos”, escreveu ele em agradecimento ao presente recebido de Ubaldo Sena Filho. O pesquisador destacou ainda o valor do acervo compartilhado, que inclui mapas antigos do Brasil e outras raridades.

“É o que penso, salvo melhor informação”, finalizou Nazal, mantendo o tom humilde e apaixonado que marca seus relatos históricos.

A imagem agora integra o vasto acervo de José Nazal e, mais uma vez, ajuda a manter viva a memória de uma Ilhéus que resiste no tempo — nas lembranças, nas histórias e nas imagens raras que ainda encantam quem ama a cidade.

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