Desde a sua inauguração, a ponte Jorge Amado tem sido sinônimo de criticas e elogios, que vão desde ao fato de ser a primeira ponte estaiada da Bahia até os materiais que foram empregados em sua construção. Ocorre que nos últimos meses, um grande problema tem sido evidenciado e ganhado grande proporção, que é a corrosão em alguns materiais de sua estrutura.
Como já é de conhecimento de todos os Ilheenses, uma cidade como Ilhéus que fica localizada no litoral, rodeada por praias, tem como principal ingrediente na sua atmosfera, o famigerado “salitre”. Para quem mora próximo a praia, o “salitre” é um verdadeiro vilão, pois tem grande poder de corrosão em diversos materiais e objetos.
O ferro foi um dos itens utilizados na construção da ponte Jorge Amado, seja nos postes e estruturas de iluminação, placas de sinalização e o guarda-corpo. Chama atenção, porque a construtora responsável por construir a ponte e o Governo do Estado, contratante e fiscalizador da obra, não se atentaram para a ferrugem que aconteceria, uma vez que a ponte foi construída sobre o mar, a corrosão seria iminente.
Em diversos pontos, já é possível ver postes e placas de sinalização que caíram. Mas o pior ainda pode acontecer se nenhuma medida for adotada, pois existem grandes estruturas que já apresentam sinais que podem despencar e causar graves acidentes.
Portanto, é necessário que o Governo do Estado tome as providências necessárias, buscando desta vez, utilizar materiais que podem resistir à força do litoral. A reforma das estruturas seria importante não apenas para mantê-las seguras como também para conservá-las do ponto de vista paisagístico. Afinal, a ponte retrata o desenvolvimento do município. É preciso valorizar e manter.
