Com um QI de 131 e apenas oito anos de idade, o ilheense Pedro Antônio passou a ser o brasileiro mais novo a entrar para a Mensa Internacional, sociedade de pessoas de alto QI mais famosa do mundo. Para fazer parte do grupo, é necessário apresentar um Quociente de Inteligência (QI) acima de 130 e percentual superior a 99%. Submetido a um teste com um especialista em São Paulo, o garoto provou ao clube o que os seus pais já haviam percebido: o desenvolvimento cognitivo da criança era acima da média.
Alysson, pai de Pedro, conta que os sinais da inteligência avançada do filho começaram a aparecer em seus primeiros anos de vida. Pedro, que aprendeu a ler aos três anos de idade, estuda cerca de cinco línguas estrangeiras sem qualquer ajuda de um professor. Segundo a OMS, a Organização Mundial de Saúde, cerca de 5% da população mundial tem altas habilidades ou, no popular, são superdotadas. No Brasil, a proporção corresponde a mais de 24 milhões de crianças. Mas a maior parte dessas pessoas não são conhecidas pela sociedade.
O índice de identificação desse segmento ainda é baixo no Brasil, ou seja, acredita-se que existem muitos mais estudantes com altas habilidades ou superdotação do que o número geralmente revelado no Censo Escolar. De acordo com Alysson, o Brasil perde muitos gênios por falta de políticas públicas. “O Brasil deve adotar políticas de inclusão para essas crianças, além das escolas que devem aprender a identificar esse público superdotado. Não existe vida fácil e há um mito nisso.” Disse.
O Brasil é conhecido como um dos grandes exportadores de talentos, isso fica bem evidenciado nos esportes, sobretudo no futebol, mas há gênios brasileiros em outras áreas, como ciências, tecnologia e artes, que terminam saindo do país, à procura de espaço e reconhecimento. Além da sociedade não acolher esse público, diante dessas dificuldades, a criança se frustra e requer atendimento psicológico, por exemplo. Os desafios ainda são muitos, como apoio psicológico, acolhimento na educação e na sociedade.