Existe uma prática quase que convencionada entre os últimos gestores municipais, que batizamos de “ação fogo de palha”.
Ela vem se repetindo ao longo dos anos, e vez ou outra, quando menos se espera, é adotada mais uma vez.
Exemplos não faltam.
Há cerca de uns três anos, após desabamento de uma encosta nas proximidades da avenida Esperança, matando duas crianças, uma onda de comoção se instaurou na cidade. De imediato a prefeitura anunciou que estaria sendo recriado o Conselho Municipal de Defesa Civil.
Tal situação até motivou a vinda de recursos federais para as chamadas “obras emergenciais nas encostas”. Com impacto mínimo sobre o problema, os riscos de desabamento em muitos altos persistem, colocando a vida em risco de muitas famílias.
E o conselho? Boa pergunta.
Algo parecido foi percebido recentemente, com o episódio da boate Kiss. Sensibilizado com a lamentável tragédia, a prefeitura interditou casas de shows e espaços de evento e exigiu alvarás com algumas especificações. Pouco tempo depois, todas estavam funcionando de volta. Atendendo ou não as exigências instituídas pelo poder municipal
Passado alguns meses, quem quiser realizar um show pirotécnico em uma cabana de taipa, não encontrará muitos empecilhos.