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ILHÉUS: CRIANÇA MORRE E DPT DEMORA 24 HORAS

Na manhã da última terça-feira (02), no distrito de Inema, zona rural ilheense, uma criança de dois anos morreu em casa após sentir dores na barriga. Na ocasião a família solicitou ao Departamento de Polícia Técnica (DPT) para que o corpo fosse retirado do local, fato que, por incrível que pareça, só ocorreu 24 horas depois da morte da criança ter sido constatada.
“O corpo dela ficou em decomposição durante 24 horas dentro de casa. Quando eu recebi a notícia, eu estava na casa onde trabalho e contei tudo para a minha patroa. Ela me orientou que eu deveria entrar em contado com a polícia”, contou uma tia da criança.
Ela disse também que ficou muito nervosa com toda a situação e foi a patroa quem acabou entrando em contato com a polícia e tentando resolver a situação.
“Em um primeiro momento, o plantão da Polícia Civil disse que o carro sairia às 14h para ir buscar o corpo da criança. Como o carro não chegou, retornei a ligação e eles disseram que era para o pai da criança pegar um carro e levar o corpo até o DPT. O pai só tinha o dinheiro para comprar o caixão. A polícia me orientou então, a entrar em contato com a secretaia de Assistência Social da prefeitura de Ilhéus. Quando deu meia-noite, uma representante da prefeitura me retornou a ligação e disse que resolveria o problema, então fui dormir um pouco mais tranquila”, relatou um parente da criança.
Só que a situação ainda estava longe de ter o desfecho esperado. Segundo informações, no dia seguinte, o corpo continuava na casa. A mesma parente da criança afirmou que retornou a ligação para a prefeitura, só que não mais foi atendida. Ela contou que o delegado de polícia entrou em contato com ela pedindo desculpas pelo fato, pois estava sem carro e o rabecão estava em ocorrência de um crime.
“Ele me instruiu a passar para os pais da criança que eles fizessem o enterro com um documento escrito a próprio punho com a assinatura das testemunhas, com nomes e números de documentos de quem assinasse”, afirmou.
A criança foi enterrada dessa forma no cemitério de Inema na terça-feira (3).
“Já estava com mau cheiro”, disse a tia da criança.