Há pouco mais de um ano, a diarista Maria Aparecida de 33 anos, teve o pior dia de sua vida. Enquanto voltava para casa, após um dia comum de trabalho, na garupa de uma moto, ela foi atingida por uma bala perdida.
“Ao chegar na descida da ladeira já ouvi os tiros, foi tudo muito rápido. Antes que eu descesse da moto para mim proteger eu senti faltar de ar e as pernas adormeceram. Aí percebi que tinha sido atingida”
Isso aconteceu em março do ano passado, na ladeira do plano inclinado perto da ponte do Pontal, em Ilhéus. Enquanto a Polícia Militar fazia uma operação na tentativa de prender suspeitos, após a perseguição, os homens foram cercados e encurralados, os criminosos atiraram e houve troca de tiros.
Uma bala perdida, atingiu Cida no abdômen e o projetil atingiu também a sua coluna, ela foi levada para o Hospital Regional Costa do Cacau onde realizou duas cirurgias. Em uma delas ela perdeu parte do abdômen, o que interferiu no seu sistema urinário, fazendo com que ela precise de fisioterapia pélvica.
O sonho de entrar para a faculdade também foi interrompido, pelo menos por enquanto. Por conta da cirurgia na coluna, os movimentos dela ficaram bem limitados.
Cida mora no Teotônio Vilela, é mãe solo de uma adolescente e não recebe nenhum tipo de auxílio ou benefício. Começou a fazer a fisioterapia particular, mas precisou interromper o tratamento porque também precisava comprar remédios. Quem a ajuda, é a sua família.
A igreja que Cida frequenta e a família lhe dão suporte com a alimentação e as contas em casa. Ela já procurou o Núcleo de Atenção Especial (NAE) que fica localizado na Avenida Soares Lopes, mas segundo ela, foi informado que existe uma fila. “O NAE me ajuda com as sondas, mas em relação a fisioterapia eles falam que está iniciando com os que estão há mais tempo cadastrado.”
Ela também já procurou o CRAS – Centro de Centro de Referência de Assistência Social que não deu assistência para ela. “O CRAS eu que procurei para atualizar o cadúnico, para poder da entrada no INSS”.
O que mais ela precisa e quer hoje, é evoluir com a fisioterapia, melhorar os movimentos e voltar a sonhar em ser psicóloga. “Tem dias que me sinto muito triste, sem poder trabalhar, vivo mais nos médicos do que em casa, e por causa disso tenho depressão e crise de ansiedade”
Para quem puder e quiser ajudar, o seu telefone é (73)98205-3842 e a conta para depósito é Caixa Econômica ag: 00069 cp: 000834755926-9 operação 1288
Da Redação: Por Graci Sá