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ILHÉUS: PREFEITURA LIMPA PRAIA E COMETE CRIME AMBIENTAL

baronesas e variados tipos de dejetos, acumulados nas praias, foram enterrados na areia. Foto: Victor Kruschewsky.
Baronesas e variados tipos de dejetos, acumulados nas praias, foram enterrados na areia. Foto: Victor Kruschewsky.

Afirma um velho ditado que “não devemos varrer a sujeira para debaixo do tapete”. Isso, metaforicamente, refere-se ao ato de que, na tentativa de resolvermos determinados tipos de problemas que nos acomete, o certo não é camuflá-lo, e sim, solucioná-lo, evitando que ele, com o passar do tempo, evidencie sua faceta de maneira a torná-lo ainda mais complicado.

Pois bem, algo similar foi denunciado durante os trabalhos de limpeza das praias de Ilhéus, tomadas por baronesas e variados tipos de dejetos, trazidos nas águas dos rios, devido às fortes chuvas que caíram na região há cerca de um mês.

Em um ato, notadamente irresponsável e sem orientação técnica, a prefeitura de Ilhéus ordenou que os dejetos acumulados nas praias, fossem enterrados na areia.

Quais serão os impactos ambientais de tal atitude? A forma certa de lidar com esse tipo de dejeto, ressaltando mais uma vez, que além das citadas plantas aquáticas, inclui-se vasilhames plásticos e uma infinidade de outras espécies de lixo, é mesmo enterrando na areia das próprias praias?

Para piorar a situação, os homens incumbidos de fazer a “limpeza”, estavam trabalhando sem os chamados Equipamentos de Proteção Individual (EPI), ou seja, óculos, luvas, botas e protetor solar. Tais equipamentos evitam possíveis lesões, câncer de pele, ou algo mais grave em caso de acidentes.

Mais um ato “nas coxas” protagonizado pela prefeitura de Ilhéus, que, mais uma vez parafraseando um dito popular, “fez na saída”.